Quando paramos em um posto de combustível para abastecer o tanque, normalmente nos deparamos com várias opções, como gasolina comum, aditivada, premium, etanol comum ou aditivado.
O engenheiro mecânico Rubens Venosa, proprietário da oficina mecânica Motor-Max, explica que a gasolina, no Brasil, tem duas fontes.
A primeira vem das refinarias da Petrobras e é distribuída para todas as marcas que conhecemos nos postos.
A segunda, chamada de ‘formulada’, é feita em laboratórios pequenos. “Ali se prepara uma fórmula parecida com a gasolina”, explica o engenheiro. “Isso está dentro da lei, pode ser feito, por incrível que pareça.”
Segundo ele, a mesma gasolina pura é distribuída para postos e outras distribuidoras. Estas podem misturar aditivos para melhorar a performance ou a lubrificação do motor, a limpeza interna dos bicos e dos sistemas do carro.
Além disso, elas adicionam álcool anidro, mais puro que aquele usado como combustível.
“Existe também a gasolina premium, mais potente, para motores de maior performance, normalmente usada em carros importados”, diz Venosa.
Para sentir segurança na escolha do combustível a ser usado, Venosa recomenda conhecer o dono do posto em que o carro é abastecido.
Segundo ele, o posto de uma marca pode estar vendendo gasolina de outra empresa. É possível ainda que o combustível seja formulado ou adulterado.
“Esse é o principal problema que enfrento todos os dias: gasolina formulada, adulterada, com excesso de álcool, o que leva os motores a terem comportamentos diferentes do esperado por causa do combustível. O menos adulterado é o álcool”, afirma.
Sobre o combustível, o engenheiro ressalta ainda que a gasolina comum não tem aditivos além do álcool, é uma gasolina pura e com preço menor.
“Falando em potência do motor e aproveitamento térmico da gasolina, esse combustível é melhor que o aditivado”, afirma.
“Normalmente, os aditivos colocados na gasolina são para manter o motor limpo e, para isso, são adicionados detergentes, que não têm poder inflamável, então normalmente o poder calorífico daquela gasolina é mais baixo.”
Alguns fabricantes também recomendam a gasolina não aditivada, inclusive em manuais de carros. Segundo Venosa, a Honda escreve isso nos manuais de seus veículos.
A gasolina premium, por sua vez, é mais utilizada para carros equipados com motores de alta taxa de compressão, de alta performance, como Porsche, Ferrari, Lamborghini, AMG e BMW M3, por exemplo.