Até o fim de maio de 2021, as startups, empresas nascidas digitais que têm como objetivo principal desenvolver ou aprimorar modelos de negócio, levantaram US$ 3,2 bilhões em investimentos no Brasil. O montante representa 90% do total registrdo em 2020, segundo recente relatório da Distrito Dataminer, o Inside Venture Capital Report.
Cada segmento de atuação de uma startup tem denominação específica, como o caso das famosas fintechs – termo que surgiu da união das palavras financial e technology –, que atuam para inovar e otimizar serviços do sistema financeiro. Dentro do setor automotivo surgiram as autotechs, empresas que desenvolvem soluções por meio de tecnologias automotivas para o avanço do setor. A aplicação delas está relacionada a diferentes segmentos como mobilidade urbana, transporte e logística, entre outros.
De acordo com o último Mapa das Autotechs, de 2020, levantamento realizado pela empresa Liga Ventures, atualmente, existem cerca de 320 startups brasileiras que estão revolucionamento esse mercado. Já o relatório MoneyTree, do quadro trimestre de 2020 da PwC e CB Insights, destaca as últimas tendências em financiamento de capital de risco em todo o mundo e mostra que, no segmento das autotechs, o volume geral de negócios caiu em 2020, em um declínio contínuo desde 2017. No entanto, o investimento cresceu, substancialmente, desde então para US$ 3,3 bilhões.
Essas empresas desenvolvem ferramentas, produtos e serviços que auxiliam no dia a dia de motoristas e da indústria. Estão surgindo, por exemplo, soluções que facilitam os sistemas de logística, com plataformas que oferecem agilidade no momento do registro de dados e informações e organizam os mais diversos tipos de dados relacionados à frota de veículos, fazendo com que haja uma gestão eficiente e vantajosa para as empresas.
Também estão sendo criadas startups que oferecem informações relevantes sobre o veículo, como decodificadores de chassi e dados cadastrais de veículo, que auxiliam os clientes no momento de adquirir um automóvel, por exemplo. Já no caso da indústria, temos startups que desenvolvem robôs para processos produtivos, o que facilita e diminui o tempo para o desenvolvimento de um novo modelo.
É fato que o setor já vem sendo revolucionado pela união entre conectividade de redes digitais, BI, data analytics, modelagem de dados, drones, CRM, entre outros. Mas é preciso tomar cuidado, pois, algumas vezes, o que existe é somente uma roupagem, o que não resolve os entraves enfrentados nos grandes centros urbanos.
Para que isso se torne realidade, no Brasil, é necessário que ocorra uma disrupção do setor, bem como investimentos em infraestrutura, já que, mesmo com todas as evoluções, o segmento de mobilidade possui, ainda, entraves e necessidades a serem sanados. Assim, a aceleração e a transformação só ocorrerão quando, realmente, colocarmos em prática o uso da tecnologia para resolver e desenvolver importantes questões urbanas. E são justamente as autotechs que poderão nos guiar para esse futuro.
Aqui, no Brasil, com o avanço de novas tecnologias, a Estapar, por meio de suas plataformas digitais, vem atuando em prol da mobilidade urbana por meio da ampliação de rotatividade das vagas públicas e privadas, reduzindo o tempo dos veículos nas vias, por possibilitar soluções de pagamento touchless, além de monitorar a ocupação de vagas, em tempo real, e inúmeras outras funções.