Primeira bicicleta elétrica sem bateria surge no mercado

Vida útil do supercapacitador dura quase duas vezes mais do que das baterias de lítio. Foto: Divulgação
Redação Mobilidade
02/10/2023 - Tempo de leitura: 1 minuto, 28 segundos

A busca por modais cada vez menos poluentes tem avançado rapidamente. A e-bike Pi-Pop, diferente das outras bicicletas elétricas do mercado, vai ainda mais longe quando o assunto é reduzir a emissão de poluentes. O modal elétrico é o primeiro a não utilizar baterias no motor, promovendo ainda menos impactos ambientais.

A Pi-Pop foi concebida e patenteada por Adrien Lelièvre, presidente e fundador da STEE, empresa que está fabricando o equipamento. A bicicleta elétrica sem bateria utiliza supercapacitores para produzir e armazenar energia com base no movimento.

Os supercapacitores são uma alternativa às comuns baterias que, na fabricação, exigem o uso de metais raros como o lítio. Ao contrário de uma bike elétrica clássica, cuja bateria recarrega na rede elétrica, o supercapacitor utiliza a energia produzida pelo movimento do próprio condutor.

De maneira simples, o piloto carrega a bateria ao pedalar em terrenos planos ou em declive. Essa carga fica armazenada para, então, poder acionar em subidas e terrenos mais difíceis. De acordo com a empresa, a bicicleta consegue auxiliar em escaladas de até 50m de altitude, se carregada previamente em terreno plano.

Modelo de produção de energia dos supercapacitores. Foto: Pi Pop

A vida útil do supercapacitor deve variar ainda entre 10 e 15 anos. Ao mesmo tempo, a bateria de lítio tem uma duração média de cinco ou seis anos.

As baterias consomem recursos naturais como o lítio ou minerais de terras raras, que, além de serem dificilmente recicladas, por exemplo, ainda exigem processos de extração extensivos. Esses processos ainda são, em sua maior parte, acompanhados de fortes impactos ambientais.

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