Empresas do mundo todo têm aderido à sustentabilidade em suas atividades e processos e contam com uma percepção cada vez mais clara sobre a necessidade de inovar sem abrir mão dessa preocupação. É uma condição que fica mais evidente com o passar dos anos, a exemplo do manifesto assinado por 181 presidentes executivos de grandes empresas americanas, em 2019, com o intuito de reafirmar o compromisso das companhias com a responsabilidade corporativa e com práticas sustentáveis.
No Brasil, um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2015 e 2017, constatou que essa preocupação também acontece nas empresas de menor porte. Aproximadamente, 117 mil companhias com mais de dez colaboradores participaram da pesquisa. Dessas, 15,9 mil afirmaram que investiram em sustentabilidade ambiental, seja para se adequar aos códigos de boas práticas ambientais, seja para melhorar a reputação institucional – fator importante neste momento em que o público está mais atento, exigente, engajado e conectado com as marcas.
Algumas pessoas se perguntam por que o tema sustentabilidade continua presente nas pautas organizacionais mesmo quando o recado já foi dado. Simples, temos pouco tempo para reverter os efeitos das alterações climáticas, algo que os especialistas nos alertam há décadas. E a sustentabilidade gera vantagem competitiva, valor a longo prazo e engajamento tanto dos colaboradores de uma empresa quanto de seus clientes.
Como essas características funcionam na mobilidade? É possível construir um laço entre a sustentabilidade e os negócios dentro desse segmento? Eu digo que sim. E trazer os exemplos que temos dentro de casa pode, de alguma maneira, ajudar nesse desafio.
Tive a oportunidade de acompanhar os anseios do mercado segurador, que também faz parte da mobilidade, em diferentes fases. A preocupação com iniciativas relacionadas à gestão ambiental foi constante em todos os momentos. As empresas do segmento, entre elas a Porto Seguro, têm investido cada vez mais em práticas sustentáveis para disseminar essa cultura entre os seus funcionários e clientes, seja promovendo atividades de educação socioambiental, com abordagens de consumo consciente, coleta seletiva, reciclagem automotiva, ecoeficiência de recursos hídricos e elétrico, seja disponibilizando apólices digitais, modais alternativos e mais sustentáveis para os atendimentos aos segurados, como carros elétricos, guincho elétrico, guinchos menores, moto elétrica, bicicleta e o uso do deslocamento por transporte público, seja incentivando um novo comportamento na mobilidade urbana ao oferecer, a clientes e não clientes, pontos de recarga gratuitos para os modelos de carros elétricos de mais de 90% da frota que circula no Brasil ou, indiretamente, facilitando a compra de placas solares para instalação em residências e empresas por meio de uma carta de crédito.
A iniciativa Hora da Terra – ampliação do movimento global Hora do Planeta –, em que a Porto Seguro apaga as luzes por uma hora, todos os dias, em seus prédios nos locais em que seja possível trabalhar com a iluminação natural, garantiu à seguradora economia de mais de 1.048.376 kWh em 2019. Naquele mesmo ano, o uso das placas solares gerou quase 700 mil kWh de energia à empresa, que é signatária dos Princípios para Sustentabilidade em Seguros e realiza iniciativas em sintonia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, agenda global da Organização das Nações Unidas (ONU), com metas a serem cumpridas até 2030.
Não há fórmula definida para construir esse laço entre a sustentabilidade e os negócios dentro da mobilidade, mas vejo que existe muitas possibilidades de contribuir para esse cenário e que seguiremos, juntos, nesse propósito.