Todas as capitais brasileiras devem ter conexão 5G até o final de setembro. Ainda em fase de implementação, o novo sistema de conectividade promete revolucionar a experiência do usuário com dispositivos pessoais, como celulares, tablets e notebooks, mas também deve impactar a mobilidade urbana.
“Considerando que as atuais redes 4G atingem em média 100 Mbps e as redes 5G têm em média 1Gbps, estamos falando de uma nova experiência de conectividade que rivaliza diretamente com as conexões fixas (redes ópticas) quanto à velocidade de conexão, mas as supera devido à flexibilidade e à mobilidade”, explica a superintendente de TI da Veloe, Fernanda Toscano.
Com formação em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), e MBA em Transformação Digital pela Massachusetts Institute of Technology (MIT), a executiva prevê que a experiência do usuário deverá ser mais fluida e estável, em função do menor tempo de resposta das redes 5G. “Veremos impactos consideráveis na evolução e ampliação de soluções de mobilidade, educação online, telessaúde, trabalho remoto, comércio eletrônico e transmissões ao vivo, principalmente através da WEB3 (Metaverso)”, acredita.
As novas redes 5G também devem acelerar a expansão de dispositivos embarcados, a tal internet das coisas (IoT, do inglês, internet of things), e viabilizar novos cenários na mobilidade urbana no Brasil e no mundo. Com uma conexão mais rápida e estável, além de um espectro de rede (frequência) mais flexível, o 5G vai permitir a adoção de veículos conectados (V2X), que “conversam” entre si e com o ambiente que os circunda.
“Veremos uma grande evolução no conceito de cidades inteligentes, pois a baixa latência e a alta taxa de transmissão dos dados coletados por imagens de câmeras e dispositivos de telemetria espalhados pelas vias, processados em tempo real por sistemas dotados de inteligência artificial (IA), irão garantir o aumento da fluidez e consequente redução de tempo e a acidentes dos usuários deste ecossistema”, projeta a superintendente de TI da Veloe.
O novo sistema de conectividade também deve facilitar a conexão de “portais freeflow”, ou seja, a cobrança de pedágio sem cabines e de acordo com o trecho percorrido. “Também abre caminho para que novos serviços possam ser oferecidos aos clientes, como telemetria e rastreamento veicular, cobrança de seguros com o veículo em movimento, oferta de serviços em tempo real durante a viagem do usuário e muito mais”, acredita Fernanda Toscano.