Se antes buscar um caminhoneiro autônomo para levar uma carga era tarefa difícil e demorada, hoje, com as plataformas de frete, esse tipo de entrave não existe mais. Além disso, a terceirização da contratação por meio desse tipo de market place traz economia para empresas que não trabalham com frota própria.
Um estudo da Fretebras mostrou que há uma redução de custos de até 30% para quem busca motoristas autônomos disponíveis via plataformas digitais. Isso porque esse tipo de ferramenta traz eficiência, produtividade e otimização de tempo para as operações das transportadoras.
É o que aconteceu com a RF Transportes, de Arcos (MG). A empresa especializada em transporte de grãos, fertilizantes, produtos ensacados , entre outros, usa a plataforma Fretebras há dez anos e contabiliza reduções importantes de custos com essa tecnologia.
O diretor-executivo da empresa, Robert Almeida, conta que, antes de usar a tecnologia, demorava no mínimo dois dias para contratar um motorista autônomo. “Em carregamentos mais complexos, o tempo era ainda maior”, relembra.
Além disso, era preciso que um funcionário da transportadora utilizasse um carro da empresa para ir atrás de caminhoneiros disponíveis na região.
“Ele percorria postos de combustíveis até encontrar alguém com perfil ideal para a operação”, diz. E, nesta missão, havia os gastos com combustível e alimentação do colaborador, por exemplo.
Hoje, com o aplicativo de frete, Almeida revela que houve uma redução de 70% nos custos de contratação. Bastam cinco pessoas na empresa para cuidar dessa parte. Caso não houvesse o aplicativo, seria necessário dedicar dez profissionais para a função, já que, para contratar um motorista, não leva mais do que alguns minutos.
A utilização de um aplicativo de frete se torna ainda mais viável para a RF Transportes, pois a empresa tem 88% da sua frota terceirizada e, portanto, está constantemente em busca de caminhoneiros autônomos.
De acordo com o diretor-executivo, com a economia de custos a transportadora está conseguindo utilizar o que está poupando em melhorias para as suas instalações.
“Mudamos a nossa unidade de atendimento, que antes ficava em um posto de combustível desativado, para um local na BR 354, que tem muito mais visibilidade”. Ele acrescenta que o ponto ficou muito mais confortável para os clientes e parceiros.
O Grupo Scapini tem uma história parecida. Embora a transportadora do Rio Grande do Sul trabalhe com motoristas contratados e frota própria, sempre tem a necessidade de buscar caminhoneiros para fretes.
Em um passado recente, a empresa precisava procurar por caminhoneiros em terminais de carga ou por indicações. E esse processo levava, muitas vezes, um dia inteiro. Segundo o CEO da empresa, Lucas Scapini, com a plataforma esse processo leva apenas alguns segundos.
Hoje, com a terceirização da contratação, a empresa acabou por desativar uma filial que mantinha em Paulínia (SP), que mantinha apenas para a contratação de motoristas. Principalmente autônomos. Mas, após começar a usar plataforma de frete para isso, se deu conta de não havia mais necessidade em manter a estrutura.
A empresa tem uma equipe dedicada somente para manusear a plataforma de frete, mas com menos pessoas do que era necessário para essa função no passado. Pelas contas do empresário, são aproximadamente 2 mil motoristas por mês captados via plataforma.
Além de uma contratação mais otimizada, as plataformas de frete podem trazer mais segurança ao contratar. Principalmente, quando se compara como era feito antes da chegada dessa tecnologia.
Isso porque esses marketplaces têm processos de segurança muito mais avançados, pois possuem soluções tecnológicas que geram mais tranquilidade em toda a jornada do frete: desde a publicação da carga na plataforma até o pagamento e entrega.
Na visão de especialistas de segurança, esses processos otimizam a operação porque a maior parte das transportadoras não possuem preparo ou estrutura para isso.
Por outro lado, a Fretebras, por exemplo, conta com times especializados, além de suporte e prevenção à fraude. Oferece, assim, um processo rígido de validação dos motoristas. Tudo de acordo com a LGPD.
E ele conta com conferência de histórico do motorista em órgãos públicos, verificação de documentação e até reconhecimento facial. De acordo com informações da empresa, o procedimento comprova se o caminhoneiro é mesmo quem ele informa que é e se está apto para realizar o frete. Assim, a verificação completa é feita em alguns segundos.
A Fretebras já investiu R$ 80 milhões em novas funcionalidades e campanhas de conscientização para gerar mais proteção aos usuários, um valor muito além do que uma transportadora pequena conseguiria cobrir, trabalhando sozinha.
De acordo com Fretebras, muitas vezes o que acontece é que quem está buscando o caminhoneiro, acaba não realizando todas as medidas seguras necessárias para conseguir liberar logo a carga, e assim, a fraude acontece.
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