A Câmara Municipal de Dublin, capital da Irlanda, anunciou o primeiro planejamento aéreo urbano para uso de drones. O texto estabelece diretrizes básicas e formais para utilizar veículos voadores não-tripulados em serviços públicos. Ele também inova ao tratar da mobilidade aérea dentro dos planos públicos.
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O desenvolvimento da Estratégia de Mobilidade Aérea Urbana e de Drones 2024-2029 contou com apoio do programa Cidade Inteligente, por meio de Smart Dublin (Dublin Inteligente, em inglês). A iniciativa ajuda municípios em projetos com tecnologias em ascensão, como mobilidade aérea e drones.
“Nós usamos drones pra captar fotos e vídeos para o monitoramento do progresso em larga escala de projetos da capital”, explica Tom Curran, gerente da divisão de pesquisa e mapeamento da cidade. Além disso, as aeronaves também operam como veículos para inspeções de edifícios e pesquisas de condições ambientais.
Para os próximos meses, a Câmara Municipal de Dublin também estabelecerá uma nova Unidade de Drones. De acordo com o plano, a unidade deverá centralizar as operações dos veículos e apoiar os departamentos internos para acelerar a adoção desta tecnologia. Segundo divulgado pela Câmara, “esta unidade aproveitará as capacidades e recursos existentes e maximizará a eficiência ao projeto”, afirmam.
A grupo também desempenhará um papel no apoio à inovação na indústria dessas aeronaves, ajudando, por exemplo, a desenvolver novos serviços em mobilidade aérea para os cidadãos, conforme a tecnologia avança e o mercado oferece novos equipamentos.
O projeto atual não é a primeira iniciativa da cidade para estabelecer regras sobre o uso de drones. Entre 2021 e 2022, a Câmara desenvolveu o estudo “Acelerando o Potencial dos Drones para o Governo Local”.
Com o lançamento da pesquisa, o órgão também divulgou o “Relatório internacional de melhores práticas e tecnologias emergentes”, que identificou como os drones poderiam fornecer melhores serviços ao governo local. De acordo com a entidade local, o estudo ajudou a compreender o papel do governo local na definição do futuro dos drones. O texto ainda ganhou o prêmio World Smart City em 2022, na categoria Tecnologia Emergente e Governança.
A estratégia atual utilizou os resultados da pesquisa anterior e, também, contou com ampla consulta com as partes interessadas internas e externas. Isso incluiu empresas privadas, órgãos público, organizações nacionais e internacionais especializadas em mobilidade aérea e em tecnologia emergente.
Conforme divulgado pela Smart Dublin, a estratégia também está de acordo com a evolução dos regulamentos da União Europeia e “enfatiza a confiança, a segurança e a privacidade do público”, afirma.