Enel X entrega em São Paulo a maior frota de ônibus elétricos do Brasil

Até o final de 2024, a cidade deverá ter 20% da frota composta por ônibus elétricos

27/09/2023 - Tempo de leitura: 3 minutos, 33 segundos

Cerca de 50 ônibus elétricos estão sendo incorporados à frota da cidade de São Paulo a partir deste mês pela Enel X, empresa de soluções inovadoras para a transição energética do Grupo Enel, numa parceria com operadores de linhas municipais. A iniciativa contempla a entrega dos veículos e a infraestrutura de recarga a ser instalada nas garagens dos operadores, além da tecnologia para o monitoramento da operação dos veículos.

O investimento feito pela Enel X é de 30 milhões de euros, aproximadamente R$ 160 milhões. “Desenhamos um modelo em que avaliamos a disponibilidade financeira do município ou de cada operador, desenhamos um projeto com as soluções mais adequadas e dividimos o valor em parcelas mensais ao longo do período de concessão”, explica Carlos Eduardo Cardoso de Souza, diretor de B2G da Enel X.

Hoje, cerca de 10% do total das emissões de gases de efeito estufa na cidade de São Paulo vem dos ônibus da frota municipal movidos a diesel, de acordo com dados do Plano de Ação Climática do Município. Os primeiros 50 ônibus elétricos são o marco inicial de um projeto extremamente relevante para reduzir a poluição por meio da renovação da frota de transporte coletivo, conforme prevê a lei municipal de mudanças climáticas. Até o fim de 2024, a cidade deverá ter 20% da frota composta por ônibus elétricos.

Cada ônibus elétrico que substitui os tradicionais modelos movidos a óleo diesel evita a emissão de cerca de 118 toneladas de CO 2 na atmosfera por ano e reduz significativamente a poluição sonora nas cidades, já que os veículos elétricos não emitem ruídos. Se os 13 mil ônibus que circulam na capital paulista fossem substituídos por versões elétricas, isso equivaleria a 10 milhões de árvores poupadas por ano, floresta suficiente para preencher 14 mil campos de futebol. 

“É importante lembrar que toda a energia envolvida em projetos da Enel X vem de fontes renováveis”, ressalta Souza. A Enel Trading, comercializadora do grupo, disponibilizou a oferta de energia renovável certificada mercado livre para atender à demanda de energia para a recarga dos veículos nas garagens dos ônibus.

Mercado promissor

Os ônibus que participam da primeira entrega são fabricados pela Caio/Eletra e o acordo envolve as empresas de ônibus Ambiental, Transpass (do consórcio Transvida) e Transwolff. Negociações entre a Enel X e outros parceiros, tanto operadores quanto montadoras homologadas pela SPTrans, alimentam a expectativa de forte ampliação da frota elétrica da capital paulista dentro do prazo projetado pela legislação municipal.

Além dos ganhos ambientais, a substituição por elétricos proporcionará também vantagens financeiras, incluindo a redução entre 40% e 55% nos custos de manutenção e entre 65% e 75% nos gastos com combustível. O início da renovação da frota em São Paulo é um marco da expansão das atividades da Enel X no Brasil, onde a empresa vem participando ativamente de estudos de viabilidade técnica em diferentes localidades, como Curitiba (PR), São José dos Campos (SP), Angra dos Reis (RJ) e Rio de Janeiro (RJ).

A Enel X já é o maior player de mobilidade elétrica da América Latina, responsável por tecnologias instaladas em diversos países da região, com mais de 50% dos ônibus elétricos da Colômbia e do Chile, além de 20% do México. 

Globalmente, a empresa gerencia a infraestrutura da segunda maior frota de ônibus elétricos do mundo, com cerca de 6,3 mil veículos, expertise que torna o Brasil um mercado promissor para a companhia. O País tem, no total, cerca de 107 mil ônibus que atuam no transporte coletivo urbano.

“Eletrificar a frota de ônibus na maior metrópole do Brasil é um passo fundamental no caminho para criar um modelo de cidades mais sustentáveis”, ressalta Francisco Scroffa, principal executivo da Enel X no Brasil. “A Enel X vai seguir empregando toda a sua experiência de líder em mobilidade elétrica na América Latina para impulsionar a eletrificação do transporte coletivo, que traz benefícios diretos aos usuários e à população como um todo.”