A comercialização dos veículos elétricos no mercado brasileiro ajudou a disseminar uma série de novos termos, que, antes, não eram conhecidos no País.
Célula de combustível, eletromobilidade, lítio e wallbox são exemplos de palavras que, recentemente, se incorporaram ao vocabulário da indústria automotiva. Veja 23 verbetes que, hoje, fazem parte do universo dos automóveis eletrificados.
É o coração do veículo elétrico. O conjunto de módulos que compõem a bateria – instalada no assoalho – pesa de 200 a 300 quilos e representa de 10% a 20% da massa total do carro e de 30% a 40% de seu preço. Em geral, as montadoras dão oito anos de garantia para a bateria.
Sigla, em inglês, de battery eletric vehícle, ou veículo elétrico movido a bateria. São os automóveis totalmente elétricos, desprovidos de motor a combustão.
Combustível gerado com base em derivados do petróleo (gasolina e diesel) e na extração de fontes naturais, como cana-de-açúcar, milho, mandioca, amendoim, soja, mamona, sementes de girassol e algodão, ou de espécies florestais, como eucalipto e pinheiro.
Com potência de 22 kW, os postos de carga semirrápida demoram 40 minutos para carregar a bateria do automóvel para uma autonomia de 100 quilômetros. Já os postos ultrarrápidos são capazes de reabastecer 80% da bateria em 25 minutos, graças às potências de 150 kW e 350 kW.
O serviço de compartilhamento de carros (carsharing) está em expansão no País, inclusive com a oferta de veículos elétricos. Ele permite que o consumidor use o automóvel apenas pelo tempo em que atenda às suas necessidades, democratizando a utilização das tecnologias e novidades de um modelo eletrificado.
Tecnologia que combina hidrogênio e oxigênio para produzir eletricidade e que alimenta o motor elétrico. O hidrogênio é pressurizado e vendido em postos de serviços e o reabastecimento do veículo dura cerca de dez minutos, proporcionando autonomia entre 400 km e 600 km. O benefício é que a conversão de gás hidrogênio em eletricidade produz apenas água e calor, sem a emissão de gases poluentes.
É o aproveitamento da energia disponível para fazer o carro rodar. O custo energético do carro movido a bateria é bem menor do que o do motor a combustão, pois ele aproveita 90% da eficiência energética disponível, contra 40% dos automóveis convencionais. Ou seja, 60% dessa energia se perde em calor, provocando aquecimento no motor.
A mobilidade designa os meios usados pelos usuários para se deslocar dentro das grandes cidades, considerando a organização do território e o transporte. A eletromobilidade insere, nesse contexto, os veículos elétricos e híbridos, além da infraestrutura e da tecnologia, que dão suporte ao desenvolvimento desses sistemas.
Ponto de carregamento da bateria dos carros elétricos instalado em locais públicos, como rodovias, shopping centers, supermercados e postos de serviço. Hoje, existem, aproximadamente, 750 eletropostos, no Brasil.
Corredor rodoviário que oferece, ao longo de sua extensão, uma vasta rede de postos para a recarga da bateria. No Brasil, as rodovias BR-050 (que liga Brasília a Goiânia) e BR-277 (Paranaguá e Foz do Iguaçu, no Paraná) são dois exemplos de estradas que já possuem essa infraestrutura. A instalação dos pontos de recarga vem, geralmente, de investimentos de empresas do setor de energia em parceria com montadoras.
A sigla ESG (do inglês environmental, social e governance) é uma derivação do conhecido tripé ambiente, social e econômico, compromissos cada vez mais presentes na pauta das fabricantes e de políticas públicas, quando os assuntos são eletromobilidade e desenvolvimento sustentável. Isso porque a mobilidade urbana é fundamental, na medida em que seus impactos podem ir além da poluição e da saúde pública.
Em alguns carros elétricos, como Nissan Leaf e Renault Zoe, tirar o pé do acelerador e pisar no freio são atitudes que iniciam o trabalho de regeneração da bateria, ou seja, ela é recarregada automaticamente.
Os carros eletrificados não são apenas os modelos 100% movidos a bateria. Há também os híbridos (hybrid eletric vehícle), que possuem motor a combustão interno apoiado por um (ou mais) propulsor elétrico. Existem automóveis híbridos em série, em paralelo, mistos, plug-in e flex.
Atualmente, a principal matéria-prima das baterias é o lítio, metal alcalino encontrado em reservas de países como Chile, Bolívia, Argentina, Austrália e China. A bateria de íon de lítio dura, em média, oito anos, ou de 3 mil a 5 mil ciclos. Cada ciclo corresponde a uma carga e descarga completa.
É formada pelo conjunto de fontes disponíveis apenas para a geração de energia elétrica, como a força vinda dos ventos e da luz solar. Ou seja, a matriz elétrica faz parte da energética.
É o total de fontes de energia disponíveis para, por exemplo, movimentar veículos, preparar alimentos no fogão e gerar eletricidade.
Expressão dada à quantidade de dióxido de carbono jogado na atmosfera pelos automóveis, por uma empresa ou atividade industrial, gerando gases de efeito estufa.
Conceito que considera as emissões de poluentes desde a geração e produção do combustível até a roda ou o escapamento do veículo.
Uma das grandes discussões sobre o carro elétrico diz respeito à destinação das baterias quando termina sua vida útil. Ao contrário do que se pensava, elas não serão simplesmente descartadas, uma vez que já existe uma indústria de reciclagem, evitando que materiais perigosos entrem no fluxo de outros resíduos.
Depois de ser usada de oito a dez anos nos veículos elétricos, as baterias ainda são utilizadas para outras funções, a chamada segunda vida. A destinação do componente pode ser no fornecimento de energia para iluminar um estabelecimento comercial ou uma residência ou no armazenamento de energia renovável de prédios, hospitais e escolas.
São tecnologias que definem as possibilidades de como o carro pode fazer uso de sua energia. Na V2L (vehícle to load), o veículo pode mandar energia a outro carro e equipamentos, como TV, forno elétrico e ar-condicionado. No sistema V2H (vehícle to home), a bateria é transformada em unidade de energia móvel, capaz de gerar corrente elétrica para uma residência. Já o V2G (vehícle to grid) é mais amplo, porque o carro envia a energia de volta à rede elétrica, operação que ainda não é permitida no Brasil.
Nome dado por algumas montadoras ao equipamento de recarga doméstica, de 11 kW ou 22 kW. Não é um aparelho barato e custa entre R$ 3 mil e R$ 7 mil, dependendo do modelo. A instalação é feita por empresas de fornecimento de energia, homologadas pelas montadoras.
Uma das maiores vantagens do carro elétrico é ser zero emisson (emissão zero), ou seja, não despeja gases tóxicos, como o CO2, no meio ambiente enquanto está em movimento. A emissão de gás carbônico acontece apenas durante sua fabricação, mas em área limitada. O único dano à atmosfera causado pelo carro elétrico é o atrito dos pneus com o asfalto.