Os novos caminhões Mercedes-Benz Accelo chegam renovados, com maior capacidade de carga e novas nomenclaturas. Segundo a fabricante, o au mento da capacidade de carga ocorre nas faixas de 9 toneladas, 11 t e 14 t de peso bruto total (PBT). Com isso, o aumento foi de até 1,2 tonelada e, a partir de agora, eles passam a se chamar Accelo 917, Accelo 1117 e Accelo 1417 6×2.
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O desenho também está atualizado e a linha ganhou visual que remete ao dos “irmãos” maiores Actros L e eActros, sobretudo por causa dos cantos mais abaulados. Embora a Mercedes-Benz não confirme, é provável que a marca apresente na Fenatran um caminhão elétrico para operações de entregas de última milha como uma nova versão do Accelo.
Como herança do modelo anterior, que vai continuar à venda no Brasil juntamente com a nova linha, a plataforma de carga cresceu 40 cm, com aumento de 2 m³ na capacidade volumétrica.
De acordo com a fabricante, o modelo oferece os maiores comprimentos de carroceria do segmento: de até 6,90 metros nas versões com tração 4×2 e de até 8,30 metros nos modelos com tração 6×2. E chega a 1,9 m menos círculo de viragem frente à concorrência. O ângulo de entrada é de 23º e há, ainda, o pacote robustez, de 27º, o que facilita a circulação em estradas esburacadas ou com pavimento ruim.
A versão 1417 6×2 oferece a maior capacidade de carga do seu segmento. Com até 600 kg a mais que os concorrentes, o modelo está apto para operações de transporte de líquidos e entregas fracionadas no uso urbano. Os modelos 1117 e 1417 são indicados para cargas de alta densidade. Essa categoria inclui produtos congelados e resfriados, distribuição de bebidas, líquidos, químicos e combustíveis, areia, pedra e cimento, por exemplo. Outras novidades são o conjunto óptico de LEDs e o para-choque tripartido, solução que visa reduzir o custo de reparo em caso de acidentes.
De acordo com a área de engenharia da Mercedes-Benz, o motor também recebeu atualizações para melhorar a gestão térmica. Isso acontece graças à introdução do novo DPF no catalisador. Como esse filtro atua em temperaturas altas, é capaz de regenerar o material particulado e reduzir o consumo em até 3%. Além disso, o motor foi mantido. Trata-se do Mercedes-Benz OM 924 LA, com potência de 163 cv e torque de 62 mkgf, mesmo quatro-cilindros usado no Atego com PBT de 17 toneladas. Há novas transmissões manuais fornecidas pela Eaton e automatizadas da Mercedes-Benz, a MB G90 PowerShift de ter ceira geração e seis velocidades. Todos os câmbios vêm de série com preparação para tomada de força, com botão no painel, parametrização padrão e chicotes elétricos.
Os eixos e suspensões foram redesenhados para suportar o aumento da capacidade de carga, garantindo maior durabilidade, de acordo com a Mercedes-Benz. As molas dianteiras e traseiras são mais espessas e, segundo a marca, são até 12% mais resistentes. Já os novos amortecedores dianteiros são reforçados e foram recalibrados, garantindo maior estabilidade e a capacidade de filtrar as irregularidades do piso. As barras estabilizadoras dianteiras e traseiras foram reforçadas e tiveram o diâmetro ampliado de 34 para 38 mm.
De acordo com a fabricante, a nova linha Accelo já pode ser encomendada na rede de concessionárias de todo o País. As primeiras entregas estão previstas para a partir de 2025. Segundo Jefferson Ferrarez, vice-presidente de vendas e marketing da Mercedes-Benz, as atualizações resultaram em valores, em média, 10% mais altos que os dos modelos anteriores. O Accelo 817, por exemplo, tem preço sugerido de cerca de R$ 368 mil.
Segundo Ferrarez, a estratégia de manter a linha antiga à venda visa atender segmentos específicos de mercado. “São muito sensíveis ao preço. O comportamento das vendas é que vai indicar o momento de encerrar a oferta do modelo anterior e manter apenas o novo”, explica o executivo.