Pesquisa: uso de bikes compartilhadas no Brasil aumentou 400% em 10 anos

A América Latina conta com mais de 45 mil bicicletas e 75 sistemas de bikes compartilhadas. Foto: Divulgação

23/05/2022 - Tempo de leitura: 1 minuto, 53 segundos

O levantamento com panorama geral sobre o uso de bikes compartilhadas no continente, chamado “Micromobilidade no sul global”, mostrou um crescimento de 400% do uso de bicicletas compartilhadas na última década. O estudo apresentado pela Tembici, operadora de bike sharing, traz também dados sobre o impacto das bicicletas na mobilidade urbana das cidades, ciclologística, além de um perfil detalhado dos ciclistas que utilizam esse modal. 

Além de questionário respondido por  5.700 pessoas do Brasil, Chile e Argentina, a produção do estudo contou com outras metodologias de pesquisa: desk research com sistemas de bicicletas compartilhadas LATAM, análise de dados secundários e administrativos de janeiro de 2019 a dezembro de 2021 e dados de pesquisa realizada pelo Itaú Unibanco em parceria com o Cebrap.

Impacto na mobilidade urbana e motivações de uso

A América Latina conta com mais de 45 mil bicicletas e 75 sistemas de bikes compartilhadas, operados em 13 países – sendo o  Brasil o país com mais oferta de bike-sharing no continente, representando 33% do total. 

O estudo mostrou que além de cumprirem um importante papel na democratização de espaços nas cidades, as bicicletas também são fundamentais para o meio ambiente, já que 52% dos entrevistados afirmaram que fariam os deslocamentos em modos motorizados se não utilizassem a bicicleta. 

Para as viagens durante a semana, 58% utilizam a bicicleta como meio de transporte para ir ou retornar ao trabalho, reforçando a importância do modal para deslocamento. Além disso, 27% combinam o uso com outros meios de transporte, sendo 82% ônibus ou metrô.  

Entre os motivos mais citados pelas pessoas que optam por se deslocar de bicicleta compartilhada nas cidades estão: 39% utilizam o sistema pelo conforto (melhor logística para retirar e estacionar bikes, não é preciso ter uma bicicleta para se locomover, evita transportes lotados), 23% porque faz bem à saúde e 20% economia de tempo e dinheiro.

Bicicletas compartilhadas e ciclologística

Outro ponto relevante é a cicloentrega, que teve um aumento expressivo nos últimos anos. Além de ser uma solução sustentável para o delivery, também tem sido importante para os mais jovens, já que 43% dos ciclistas que usam bike para trabalhar têm menos de 29 anos.