Vagas inteligentes no Brasil; conheça algumas cidades do País que contam com a tecnologia

Em Gramado as vagas inteligentes permitem que os motoristas estacionem em menos tempo e desafoguem o centro da cidade. Foto: Divulgação/Rek Parking

05/08/2024 - Tempo de leitura: 2 minutos, 47 segundos

Bento Gonçalves, Santo Ângelo, Uruguaiana, Gramado (RS) e Bluemenal (SC) são municípios que possuem vagas inteligentes no Brasil. Em conjunto, as cidades contam com 4200 vagas de estacionamento equipadas com sensores IoT (sigla em inglês para “internet das coisas”).

A tecnologia permite, por exemplo, que o poder público rastreie motoristas que estacionaram em locais proibidos, faça a gestão de suas vagas e otimize o trânsito na cidade.

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“Hoje temos 100% das vagas de zona azul de Gramado com sensores inteligentes. Usando o nosso aplicativo você consegue ver as ruas que têm vagas disponíveis. Isso evita aquela famosa voltinha que, segundo pesquisas, é responsável por 30% dos engarrafamentos” afirma Eder Vasconcelos, diretor comercial da Rek Parking, empresa responsável pela gestão das vagas inteligentes.

Como funcionam as vagas inteligentes no Brasil?

Para monitorar se uma vaga está ocupada ou não a Rek Parking instalou sensores abaixo do solo. No caso das vagas administradas pela empresa, o município cedeu os espaços após licitação pública. O sistema usa concessão onerosa, ou seja, a companhia repassa parte do valor que ganha administrando as vagas para o poder público.

“Em Blumenau e Gramado os sensores possuem um chip que permite que comunicação direta com a outra ponta”, afirma Vasconcelos. Os dados, informando se uma vaga está ocupada ou não, ficam disponíveis no aplicativo da empresa, que também permitem o pagamento pelo tempo de utilização.

Ao mesmo tempo, além de permitir que motoristas estacionem em menos tempo e com menos procura, as vagas inteligentes também fornecem dados para a administração pública. “O gestor público vê as informações online. Inclusive, ele pode instalar sensores onde ele não quer que os motoristas estacionem”, resume o diretor comercial.

“Em Bento Gonçalves, por exemplo, temos vagas para ambulâncias, que são restritas para a utilização pública, instalamos equipamentos nestas e os sensores acusam se algum outro veículo que não tenha permissão estacionar ali”, ele explica.

Por fim, os dados obtidos ainda permitem monitorar o “tempo real de ocupação daquela vaga e fazer um mapa de calor, mostrando qual a região da cidade que tem maior índice de ocupação. Com isso, gestores fazem podem fazer uma medição, adicionar novas vagas ou ampliar a área de estacionamento onde for necessário”, defende Vaconcelos.

Resultados em Gramado

Gramado (RS), apesar de ser uma cidade turística, é um município pequeno, com apenas 36 mil habitantes. O alto número de visitantes se tornava um problema para os moradores locais, gerando tráfego em uma cidade que não estava preparada.

“O centro de Gramado é muito restrito, na cidade você quase não vê semáforos, porque existem muitas rotatórias. O fluxo de veículos procurando vaga era muito grande”, explica Vasconcelos.

A cidade instalou, com ajuda da Rek Parking, 1153 vagas inteligentes. Os sensores do município monitoram o estado de ocupação e cobram valores que aumentam conforme o maior prazo de permanência. “Hoje, com os sensores, o fluxo de carros no centro diminuiu bastante. Isso faz com que as pessoas possam usufruir melhor da cidade”, reflete o especialista.