No dia 8 de setembro, um princípio de incêndio atingiu as proximidades da Estação Antônio João, na Linha 8-Diamante, operada pela ViaMobilidade. A ocorrência fez com que os trens circulassem em via única entre as 18h58 e 23h05, por quatro horas e sete minutos, até que o Corpo de Bombeiros conseguisse controlar o fogo. Essa foi a única vez que um incêndio atrapalhou a circulação dos trens este ano. No entanto, a tendência crescente motivou a ViaMobilidade a adotar um sistema de detecção de queimadas em São Paulo, que entrou em vigor setembro deste ano.
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Somente no primeiro semestre deste ano, o Estado de São Paulo registrou 22.932 incêndios em vegetação, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública. Comparando o período de janeiro a agosto do ano passado com o deste ano, o número de focos de calor cresceu 386%. Quando um incêndio ocorre próximo a uma via, ele pode colocar em risco os passageiros, atrasar os trens ou até mesmo impedir a circulação do modal.
Em parceria com a Climatempo, a ViaMobilidade desenvolveu o Sistema de Monitoramento e Alerta Climatempo (SMAC). De acordo com a companhia, o objetivo do SMAC é o “monitoramento em tempo real para a prevenção de focos de incêndio ao longo dos trechos ferroviários”. Para isso, o programa utiliza dados de satélites para detectar focos de calor próximos à via.
Caso algum sinal de fogo seja detectado, o sistema emite alertas automáticos. Sendo assim, a concessionária pode acionar o Corpo de Bombeiros e tomar medidas para evitar que as chamas se alastrem e se tornem um problema para a circulação dos trens.
“Durante o período de seca, o sistema contará com equipes posicionadas estrategicamente para responder rapidamente a focos de incêndio”, afirma a companhia. A empresa detalha que, em casos menores, os próprios funcionários apagam as chamas no local, mas, em situações mais extremas, os bombeiros precisam atuar.
Por fim, além de detectar queimadas em São Paulo, a plataforma também monitora fenômenos meteorológicos, como raios, chuvas fortes e vendavais. Esses podem danificar tanto os trilhos quanto a rede aérea, os fios que fornecem energia para os trens.