pauta46-manutencao-moto-OFICINA BRADESCO_Getty Images
O motociclista não precisa ser mecânico experiente nem ter um arsenal de ferramentas para manter sua moto bem-cuidada. Adquirir o hábito de tirar um dia da semana para algumas verificações e uma manutenção básica evita problemas. Dessa forma, você gasta menos, prolonga a vida da moto e ainda garante melhor valor de revenda.
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O ex-piloto e fundador do Instituto Brasileiro de Mecânica de Motocicletas, Rogério “China” Otani, ajuda com dicas importantes e práticas. “Vale dizer que, para intervenções maiores ou mais complicadas, é melhor recorrer a uma oficina de confiança. O que poderia ser um pequeno problema pode virar uma grande dor de cabeça”, diz.
Veja as recomendações de Otani para a manutenção da moto:
Ele indica o uso de xampu próprio para o serviço, encontrado em lojas de autopeças, ou mesmo supermercados, e um pedaço de espuma. Lave a moto toda com bastante água.
“É bom tapar o cano de escape com um saco plástico para evitar que a água entre no sistema de exaustão. Nunca utilize o pretinho, também chamado de limpa baú. Ele serve para alumínio, mas oxida outras superfícies metálicas. Limpe o disco de freio com álcool etílico”, explica Otani.
A dica é usar pincel ou uma escova de dente aposentada com algum produto desengripante. Depois que a corrente estiver bem limpa, seque com pano e aplique lubrificante específico para a peça.
“O sistema de transmissão tem manutenção cara e a sujeira acumulada acelera o desgaste com o aumento do atrito. A limpeza melhora o desempenho e diminui o atrito”. Otani recomenda o serviço a cada 500 a 1 mil quilômetros rodados ou após dirigir na lama, areia ou debaixo de muita chuva.
O óleo do motor deve sempre estar no nível correto, recomendado pelo fabricante. Verificações frequentes permitem controlar um dos principais agentes para o bom funcionamento do motor.
Apesar de perfeitamente possível, Otani não aconselha fazer a troca em casa, devido ao risco de descarte incorreto. A depender da moto e do tipo de lubrificante, as trocas precisam ser realizadas entre 1 mil e 5 mil quilômetros.
Nem todos podem manter um compressor de ar em casa, mas possuir um medidor de pressão ajuda a deixar os pneus sempre calibrados. E não é caro: os mais simples, de vareta, custam cerca de R$ 30. A pressão correta prolonga a vida dos pneus ao garantir desgaste regular. Além disso, reduz o consumo de combustível e aumenta a segurança.
Saber como está a vida da bateria pode ser um pouco mais complicado devido à necessidade de um multímetro. Mas manter os polos sempre limpos e apertados ajuda. A demora para ligar é um indicativo de que a bateria está fraca. Nesse caso, vale uma visita à oficina.
Para ver e não deixar de ser visto, inspecione regularmente faróis, lanternas e setas. Caso haja alguma lâmpada queimada, dá para trocar em casa. “Verifique também se não há algum cabo elétrico solto e se acostume a fazer o teste da iluminação após as lavagens”, afirma o ex-piloto.
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