O sistema de escape é necessário para jogar na atmosfera toda a sobra da combustão do motor – processo que mistura ar (o oxigênio é aproveitado como carburante) e combustível (gasolina ou álcool).
De acordo com o engenheiro mecânico Rubens Venosa, proprietário da Oficina Motor-Max, esses componentes misturados e comprimidos geram uma faísca que explode.
O que sobra da reação química é liberado pelo escapamento. Essa peça, um tubo que se liga à parte de exaustão do motor, possui um catalisador que transforma o CO² (dióxido de carbono) em CO (monóxido de carbono), menos prejudicial à saúde.
Sendo assim, o escapamento tem a função de eliminar todos os gases provenientes da combustão e, também, a missão de diminuir o ruído do motor por meio dos abafadores do sistema.
Venosa explica que o dimensionamento (projeto e cálculo das características e componentes) do escapamento está relacionado à potência do motor.
O objetivo principal é permitir que os gases de escape sejam expelidos de forma eficiente e segura, levando em consideração também o torque, a eficiência de combustão, as restrições regulatórias e as metas de desempenho.
Tudo isso influencia o consumo, a potência e o tipo de som emitido pelo veículo.
O engenheiro ressalta que nem todos preferem o silêncio: há motoristas que gostam de ouvir o barulho mais forte saindo do escapamento. Em alguns carros de alta performance, inclusive, há opções de peças com menos abafadores para produzir um ruído mais agressivo ou mais esportivo.