Uma ampla pesquisa sobre uso de bikes elétricas feita no final do ano passado revelou que a maioria das pessoas (56%) que, hoje, se locomovem com o equipamento para trabalhar ou estudar, antes, se deslocava com um automóvel. O estudo, inédito no setor, foi feito pela Aliança Bike e o Laboratório de Mobilidade Sustentável da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Labmob/UFRJ) e concluiu, também, que as vendas têm crescido de forma contínua ao longo dos últimos anos: foram 25 mil unidades comercializadas no balanço de 2019, com uma elevação média nas vendas de 34% entre 2016 e 2019.
De janeiro a junho de 2020, foram importadas 7.427 bicicletas elétricas, número 28% superior em relação ao ano anterior.
Somam-se a esse montante a produção e a montagem, no mesmo período, de 8.350 bicicletas elétricas (2.409 na Zona Franca de Manaus e 5.941 em outras localidades do País). “Esses equipamentos estão faturando uma fatia do mercado dos automóveis. Quando os impostos e tributos caírem, uma frente que temos trabalhado fortemente, as vendas vão subir ainda mais”, afirma Daniel Guth, diretor executivo da Aliança Bike.
Feita com mais de 400 usuários desse meio de transporte, a pesquisa traçou um perfil das pessoas que utilizam as bikes elétricas para lazer ou locomoção diária. Em comum, a maior parte dessa amostra declarou ter sentido melhora na qualidade de vida após usar o equipamento (87%) e na sua relação com a cidade (78%).
“Também é muito evidente a satisfação com o uso da bike elétrica, uma vez que a maioria desses usuários declara que indicaria o equipamento para seus amigos e familiares (9,3 de certeza numa escala de 0 a 10)”, afirma Guth.