A produção de motos no Brasil deve crescer acima do projetado anteriormente pelas fabricantes, revelou ontem a Abraciclo, associação do setor de duas rodas. De acordo com as novas projeções da associação, as fábricas instaladas no Polo Industrial de Manaus (AM) irão produzir 1.720.000 motocicletas até dezembro. O volume representa um crescimento de 9,3% em comparação ao ano passado. A perspectiva anterior, feita no início do ano, era de que a produção chegaria a 1.690.000 unidades.
Até setembro, as fábricas a produção de motos no Brasil já chegou e 1.323.327 motocicletas, volume 11% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. De acordo com dados da Abraciclo, esse é o melhor resultado alcançado para os nove primeiros meses do ano desde 2012.
Para o presidente da Abraciclo, Marcos Bento, o mercado de motos está aquecido, porém o momento exige atenção, devido à estiagem na região Norte do País. “As fabricantes se preparam para isso, com antecipação dos estoques e da produção, mas isso fatalmente gerou um aumento dos custos logísticos”, declarou Bento.
Recentemente, a Kawasaki anunciou férias coletivas e a interrupção da produção de motos em sua planta no Brasil. A motivação, entretanto, foi a seca no canal do Panamá, rota utilizada pela fabricante japonesa para trazer insumos e componentes ao País.
A Abraciclo também revisou a projeção de vendas no varejo. A nova perspectiva é que os licenciamentos alcancem 1.810.000 unidades, crescimento de 14,4% na comparação com o ano passado (1.582.032 motocicletas emplacadas). A projeção anterior era que as vendas no varejo totalizassem 1.700.000 unidades.
“A motocicleta, por seus atributos, tem atraído, cada vez mais, novos consumidores. Desta forma, estamos alterando nossas previsões baseados nos bons números alcançados até aqui e nas expectativas para o último trimestre do ano, tradicionalmente positivo graças à injeção do 13° salário na economia”, explicou o presidente da associação dos fabricantes de motocicletas.