Entre janeiro e setembro deste ano, foram emplacadas 1,6 milhão de unidades, de acordo com dados da Fenabrave, associação que reúne os distribuidores de veículos do Brasil. O volume representa um crescimento de 14,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
“O segmento de motocicletas deve bater recorde histórico de vendas anuais, superando as 2 milhões de unidades. Muito em função da procura por motos para mobilidade individual, em função do baixo custo de propriedade. Custo menor tanto na aquisição, como na manutenção e no consumo de combustível”, afirmou o diretor executivo da Fenabrave, Marcelo Franciulli.
O bom resultado nos nove primeiros meses deste ano fez com que a Fenabrave revisasse as projeções para o segmento de motocicletas em 2025. Em coletiva de imprensa, realizada nesta quinta-feira (2), o presidente da entidade, Arcelio Junior, anunciou a projeção de crescimento de 15% na venda de motos em comparação a 2024. Caso se concretize, a venda de motos deve fechar o ano com 2.157.288 unidades emplacadas.
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Em sua última projeção, divulgada em julho, a entidade tinha a expectativa de que a venda de motos crescesse 10%, chegando a 2,06 milhões de unidades.
Apesar da alta taxa básica de juros, que deve permanecer em 15% neste ano, o segmento de motos aposta no consórcio para manter o crescimento. “Atualmente, mais de 30% das motos são vendidas pela modalidade consórcio, que não é afetada pelos juros altos”, explicou o presidente da Fenabrave.
Assim como as motos a combustão, a venda de motos elétricas também registra crescimento em 2025. Até setembro, 6.704 motos movidas a bateria foram emplacadas, um aumento de 27,2%.
Embora ainda seja um volume pequeno, o número reflete o aumento do uso de motos elétricas nos aplicativos de delivery. Algumas plataformas, como 99 e iFood, oferecem incentivos ao uso de motos elétricas para reduzir o impacto ambiental de suas operações.