A venda de motos no Brasil recuou 5,4% em julho, de acordo com dados da Fenabrave, federação que reúne os distribuidores de veículos. No mês passado, foram emplacadas 156.893 novas motos, enquanto, em junho, os emplacamentos atingiram 165.855 unidades.
Apesar da queda, a venda de motos até julho já supera 1 milhão de unidades. De janeiro a julho deste ano, 1.089.830 motocicletas foram emplacadas no País. O volume representa alta de 20,72% na comparação com o mesmo período de 2023. Além disso, o resultado supera o alcançado nos primeiros sete meses de 2011, ano de recorde histórico de venda de novas motos no Brasil.
O recuo na venda de motos no mês passado, portanto, não reflete a alta demanda por novas motos. Trata-se do resultado da baixa produção em junho, devido às férias coletivas de algumas fabricantes anteriormente programadas, segundo a Abraciclo, associação do setor. Como a grande maioria das fábricas localizam-se em Manaus (AM), a retração só aparece nas vendas do mês seguinte.
“O resultado de julho mostra apenas uma acomodação no segmento que mais cresce no ano, até o momento. A necessidade de um veículo ágil para entregas e para transporte urbano, com baixo custo, continua motivando a aquisição de motos” , diz o presidente da Fenabrave, Andreta Jr.
Em julho, o ranking de vendas por marcas de motos não teve surpresas, porém mostrou um mercado mais pulverizado. A Honda manteve a liderança, mas com somente 63,9% – no ano, a fabricante japonesa acumula 69,7% de market share. Não por acaso, em junho a Honda registrou queda de 39% na produção, em função de férias dos colaboradores.
Dessa forma, a Yamaha ganhou mercado e fechou julho com 19,1%, mas mantém 17,67% de participação no acumulado de 2024. Em terceiro aparece a Shineray, com 4,64% no mês passado e 3,46% neste ano.
Mottu (2,87%), que produz um modelo da indiana TVS, e a Haojue (0,97%), produzida pela JTZ Motos, fecham o top 5 do ranking de vendas por marcas de motos. Já as outras marcas aparecem com 11% em julho, contudo têm somente 5% de participação nas vendas de motos em 2024.