Cerca de 120 pessoas perdem a vida em acidentes de trânsito diariamente no Brasil. Por ano, são mais de 43.000 mortes em vias nacionais. O excesso de velocidade é um dos principais causadores dos riscos de trânsito, sendo responsável pela maior parte dos casos de morte em São Paulo, de acordo com o Infosiga.
O Momento Mobilidade desta semana convidou Irineu Gnecco Filho, diretor de projetos da Urucuia Mobilidade Urbana. Sérgio Avelleda, infelizmente, teve um imprevisto e não pode participar da live. O programa foi mediado por Tião Oliveira, editor do Jornal do Carro.
Para Gnecco, o País atribuiu muito espaço para o veículo privado, principal agente dos acidentes de trânsito. O diretor de projetos também foi um dos fundadores da Companhia de Engenharia de Trafego (CET), um dos órgãos que gerenciam o tráfego em São Paulo. “A gente tem que inverter essa prioridade. Temos que pensar no [agente] mais frágil, o pedestre”, afirma.
Além disso, a educação viária também é vista pelo Gnecco como uma fragilidade nacional. “No Brasil, temos uma formação muito ruim do condutor”, comenta. Segundo ele, um dos pilares do bom funcionamento e da segurança viária é a educação, associada à engenharia.
Com base em um conceito utilizado na Suécia, Gnneco afirma que as cidades precisam prevenir possíveis erros. “Todos temos que fazer nossa parte, respeitando as regras e, por outro lado, as cidades tem que fazer a parte dela”, explica. De acordo com o diretor, um dos modos de evitar acidentes é, também, com a projeção de cidades que prevejam e previnam possíveis erros causadores de acidentes.
Dentre eles, algumas medidas que podem garantir a segurança viária, por exemplo, é o alargamento das calçadas, a projeção de mais ciclovias e a criação de vias e estradas com redução de velocidade obrigatória.