Muito se tem falado na implementação da tecnologia 5G no Brasil e que promete revolucionar o uso da internet bem além do atual, que tem aplicação voltada mais para dispositivos como celulares e computadores.
De acordo com o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), a cobertura da rede 4G é de 5 a 10 quilômetros. Já a 5G atinge 50 quilômetros de distância. A nova tecnologia também permite velocidade mais rápida, proporcionando a utilização ampliada e novas experiências em campos como a mobilidade urbana e as cidades de forma geral.
O uso do 5G viabiliza a implementação de novas tecnologias embarcadas em metrô, trens, ônibus e carros, o que possibilita a conexão do ecossistema de transporte urbano por meio de inteligência artificial. Com isso, será possível a utilização dos veículos autônomos, elétricos e compartilhados de forma automatizada, permitindo ainda o controle de velocidade, dos semáforos, economia de energia e, principalmente, redução de congestionamentos.
Nesse sentido, o MaaS (mobilidade como um serviço) trará mudanças definitivas na forma como as pessoas se locomovem pelas cidades, agregando funcionalidades aos meios de transporte já existentes e aos novos que serão incorporados, gerenciamento e monitoramento do trânsito e maior inteligência nas formas de deslocamento.
Implementar as novas tecnologias, sem dúvida, refletirá em grandes transformações na mobilidade urbana e trará forte impacto na qualidade de vida das pessoas nas cidades.
Envolver os setores público e privado em busca do melhor caminho para a implantação do uso do 5G no País, assim como considerar todas as ferramentas e opções disponíveis no mercado mundial, se faz necessário e fundamental no processo, visto que o cenário nacional brasileiro demanda ampla adaptabilidade. Não considerar todos os contextos pode significar deixar o Brasil um passo atrás em relação aos demais países.
Assim, a pauta tem ganhado cada vez mais espaço no contexto das discussões com abrangência nacional e internacional, como no Connected Smart Cities, que, por meio do Connected Smart Mobility, tem gerado amplo debate sobre o tema e os impactos positivos no mercado de cidades e mobilidade.
Dentre os temas abordados, alguns pontos no contexto de Internet das Coisas, inteligência artificial, realidade virtual e aumentada e tendências, como veículos autônomos, passam a ter papel fundamental no tema mobilidade urbana e ganham destaque com a possibilidade de utilização do 5G.
O leilão 5G tem previsão para acontecer no primeiro semestre de 2021 e será a maior oferta pública de capacidade para a tecnologia móvel de quinta geração do mundo, devendo movimentar cerca de R$ 20 bilhões. De acordo com o Ministério da Economia, o impacto na produtividade pode atingir R$ 249 bilhões até 2035.
Sem dúvida, o tema exige máxima ação dos governos no desenvolvimento de planos que considerem questões logísticas e de financiamentos para a implementação da tecnologia 5G no Brasil.
Portanto, é fundamental entender que os resultados dessas ações terão implicações diretas no desenvolvimento do País, servindo ainda para amenizar os resultados negativos nos vários setores, especialmente no da mobilidade urbana, com a pandemia da covid-19.