Bikes elétricas para delivery

Francisco Bessa, proprietário da dEbike. Foto: Divulgação

10/08/2020 - Tempo de leitura: 3 minutos, 19 segundos

O mercado de bicicletas elétricas, sobretudo veículos para uso comercial, começa a se aquecer no Brasil. A pandemia tem colaborado com esse movimento, impulsionado pela elevação das buscas por deliverys de produtos em geral: em março, primeiro mês do isolamento, o número de downloads de aplicativos de entrega cresceu 54%, de acordo com a Verizon Media.

O mesmo estudo indicou que 42% dos usuários passaram a comprar mais de forma online, não apenas refeições ou alimentos mas também outros itens.

Empresas que trabalham nesse segmento têm sentido essa nova onda. “A procura tem aumentado com a pandemia. Vejo o aluguel de bikes elétricas como uma maneira de as empresas experimentarem esses veículos e seus diferenciais antes da decisão da compra ou uma eventual troca da frota”, diz Francisco Bessa, proprietário da dEbike, negócio que surgiu em 2017 e trabalha principalmente com aluguel de bikes para empresas.

Ele comenta que tem sentido uma gradual retomada na confiança pelas companhias. “Um dos nossos clientes, a Carbono Zero, triplicou a operação de aluguel no final de julho. Nossa perspectiva para o segundo semestre é de que as empresas voltem a investir e as operações cresçam ainda mais”, afirma Bessa.

Modelos mais parrudos

Criada por três engenheiros – além de Francisco Bessa, também fazem parte da empresa Fernando Bessa e João Marcos Costa –, a dEbike trabalha hoje com quatro modelos (veja a descrição de cada um deles no quadro abaixo), todos com características desenvolvidas com os fabricantes chineses que facilitam seu uso comercial.

São eles: bateria com fixação robusta, autonomia para rodagem em longas distâncias – elas rodam até 100 quilômetros com uma recarga de bateria, o que rende de seis a oito horas de trabalho – e, em algumas delas, plataformas de carga e longo entre eixo para acoplar compartimentos de transporte de produtos. “Em breve, teremos uma nova bicicleta, a Monster Cargo”, afirma o proprietário da dEbike.

Como funciona o aluguel

As empresas interessadas adquirem um pacote anual para aluguel das e-bikes, pago mensalmente, e têm a opção de contratar também a manutenção, feita na própria empresa. Já o seguro é obrigatório. “Ao final do contrato, a empresa pode comprar a bicicleta, caso queira”, explica Bessa.

Quanto custa alugar ou comprar uma bike

Citycargo

Foto: Divulgação

Equipada com quadro do tipo step thru, com tubo superior mais baixo e curvo, feito em alumínio. Tem capacidade para carregar de 40 a 50 quilos, com 35 centímetros de plataforma útil. É indicada para rotinas mais pesadas de entrega, como baterias, equipamentos para instalação, entre outros.

Aluguel: a partir de R$ 490/mês

Venda: a partir de R$ 6.900

Dynamo

Foto: Divulgação

É uma mountain bike perfeita para delivery de alimentos, sendo muito comum o uso da mochila térmica (backpack) por reduzir a vibração para cargas frágeis. Seu suporte traseiro é ideal para transportar até 30 quilos de mercadorias.

Aluguel: a partir de R$ 490/mês

Venda: a partir de R$ 7.490

EasyAcess

Foto: Divulgação

Ela possui um quadro do tipo step thru, ou seja, o tubo superior é bem baixo e curvo, o que dá mais conforto aos usuários na hora de entrar e sair dela. Trata-se de uma bicicleta elétrica dinâmica, que funciona como backpack, ou seja, transporte de itens na mochila térmica, ou mesmo cargo, com capacidade para transportar até 30 quilos.

Aluguel: a partir de R$ 465/mês

Venda: a partir de R$ 7.290

Super Cargo

Foto: Divulgação

Carregando até 70 quilos, o modelo foi desenvolvido para ser uma bike cargueira, substituindo veículos automotores no ambiente urbano. Possui 66 centímetros de plataforma útil para instalação de caixa e tem capacidade de rodar 100 quilômetros com uma recarga. Também é muito usada para rotinas mais pesadas de entrega.

Aluguel: a partir de R$ 540/mês

Venda: a partir de a partir de R$ 540/mês