Andar de bike é uma daquelas habilidades que as pessoas jamais perdem e que nunca é tarde para aprender. E, além diso, basta começar para entender por que pedalar faz tão bem para a saúde.
Os benefícios são inúmeros, mas a prática faz bem especialmente para o coração e para os pulmões. Como uma atividade aeróbica poderosa, andar de bike ajuda a exercitar o coração, vasos sanguíneos e pulmões.
Quem pratica passa a respirar melhor e com mais intensidade durante a atividade física e enquanto isso o ciclismo ajuda a fortalecer os músculos do coração, reduzindo até mesmo os níveis de gordura no sangue.
Dessa forma, pessoas que tem o hábito de pedalar tem menos tendência a desenvolver doenças cardiovasculares, como AVC (acidente vascular cerebral), pressão alta e ataque cardíaco.
A coach de mulheres Elisa Dias Carvalho, 33 anos, ajuda a desmistificar algumas teorias que impedem a adoção desse modal, seja para qualquer uso.
Ela é voluntária desde 2019 na plataforma Bike Anjo, de Belo Horizonte (MG), presente em 37 países e que conecta quem já sabe (e ensina) com quem quer pedalar, por meio de campanhas, eventos, atividades e vários projetos relacionados ao tema.
O principal deles é a Escola Bike Anjo (EBA), que oferece acompanhamento, inclusive, a quem já sabe pilotar a magrela, mas ainda teme andar entre os carros. “Um senhor de 88 anos já saiu pedalando de primeira. Então, não tem idade mesmo”, comprova.
Além da vontade de aprender, os demais preparativos incluem uma bike adequada ao tamanho e ao propósito de cada pessoa. “O primeiro grande passo é adquirir o equilíbrio em cima da bike. O resto é muito fácil”, incentiva a professora.
Fazer curvas, cair e se machucar encabeçam a lista dos maiores medos entre adultos e crianças. A voluntária aprendeu a pedalar ainda pequena, mas só voltou a fazer uso da bike depois de muitos anos, quando morou em Londres, onde seus trajetos não compensavam pegar ônibus ou metrô.
Como o modal na capital inglesa faz parte da rotina de muita gente, ela se sentia muito segura. Mas aqui, não. De acordo com o estudo “Perfil do Ciclista”, publicado pela ONG Transporte Ativo em 2018, os principais problemas enfrentados no dia a dia pelos ciclistas nacionais são as faltas de segurança no trânsito (40,8%) e de infraestrutura (37,9%).
“Quando voltei, procurei um grupo de ciclistas mulheres. Com apenas um encontro, já consegui andar em uma avenida movimentada. Fui com medo, mas fui, respeitando meus limites, parando”, lembra.
“Aqui, ainda falta uma educação sistêmica em relação ao trânsito. Mesmo com rua esburacada e sem ciclovia, é direito do ciclista circular pela via, próximo aos carros, ônibus e caminhões”, observa a voluntária.
“Espera-se sempre que o maior cuide do menor, mas um ciclista na via ainda é visto como um fator de atraso, algo que deve ser retirado. Se todas as ruas, avenidas fossem seguras, haveria mais ciclistas, bicicletas e bicicletários.”
Mas, aos poucos, essa imagem está mudando, ao mesmo tempo em que a infraestrutura cicloviária de São Paulo e das demais capitais vão avançando.
Durante as fases mais críticas da pandemia foi comum ver muitas pessoas pedalando. Talvez algumas delas tenham descoberto uma nova forma de ir ao trabalho sem usar transporte público.
Ou o fato de as academias terem ficado fechadas por cinco meses fez com que muita gente pegasse a bike, que estava encostada na garagem, tirasse o pó, parasse na bicicletaria mais próxima para uma revisão completa e, depois, resolvesse dar umas pedaladas pelas ruas da cidade.
Se você também despertou para essa onda, mas não sabe por onde começar, fique atento às dicas a seguir.
Desconforto, dores, cansaço ao pedalar e insegurança são alguns dos danos causados aos pequenos pelo tamanho incorreto da bicicleta e que, consequentemente, não incentivam o aprendizado.
Por isso, não fique tentado a escolher modelo maior com a intenção de usá-lo por mais tempo nem tampouco iniciar o caçula no pedal com a bicicleta do mais velho.
A ergonomia deve estar de acordo com a altura da criança: ela deve ser capaz de colocar os dois pés no chão e de segurar os freios de forma rápida e fácil.
Fonte: Decathon
Fonte: Bike Anjo e Decatlhon
Descomplicar a tarefa de comprar bikes esportivas é o objetivo da Semexe, startup de comercialização online de bikes e artigos esportivos no Brasil, fundada em 2019 por Gabriel Novais e Rafael Papa.
Ela não é proprietária dos itens que estão no site, mas garante a segurança na negociação, por meio do Programa BSS (Bike Segura Semexe), metodologia pensada para gerenciar a jornada de compra e garantir qualidade e procedência dos produtos.
A plataforma começou com bikes, mas a ideia da dupla é expandir para outras modalidades. “Nossa missão é levar o esporte de forma simples a mais pessoas e aumentar o tempo de vida de itens esportivos incentivando a economia colaborativa”, completa Rafael Papa.
A Tembici, responsável por mais de 2,5 milhões de deslocamentos por bicicletas na América Latina, disponibiliza em São Paulo, por meio do projeto Bike Sampa e do app Bike Itaú, planos para utilizar bicicletas compartilhadas para viagens avulsas, além de assinaturas mensais. Confira planos, condições e mapa das estações aqui.
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