BRT ABC terá 17,3 km de corredor exclusivo, 16 estações e velocidade média de 25 km/h
A entrega do BRT-ABC foi mais uma vez adiada, de janeiro para junho de 2026. O corredor de ônibus elétricos promete ligar São Bernardo, na região do ABC paulista, ao terminal Tamanduateí (Linha 2-Verde do metrô). As obras começaram em fevereiro de 2022, com prazo de 18 meses, mas a conclusão da primeira de duas fases aconteceu apenas no início de 2024.
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Segundo Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) foram necessárias alterações no traçado, com construção de pontes e viadutos de maior complexidade, o que justificou, portanto, a extensão do prazo. O governo do Estado de São Paulo havia anunciado a última previsão ainda este ano.
O projeto BRT-ABC é uma herança da gestão Doria (PSDB) em 2019, em substituição ao projeto da Linha 18-Bronze. Isso porque a implementação do trem, que atenderia a mesma região, foi cancelada – com a obra já contratada – sob argumento de que os custos eram muito elevados.
Os orçamentos eram de R$ 6 bilhões no caso do trem e de R$ 680 milhões no caso do BRT. Após o início das obras, porém, o valor do corredor passou para R$ 1 bilhão.
As obras do BRT-ABC envolvem criar um corredor exclusivo de 17,3 km e 16 estações de embarque rápido com acessibilidade. Assim, com velocidade média de 25 km/h, será possível vencer o trajeto em 43 minutos na linha expressa, e 52 minutos na paradora.
Os ônibus elétricos vão conectar o Terminal São Bernardo, na região metropolitana do ABC, à estação Tamanduateí, da Linha 2-Verde do Metrô de SP, e ao Terminal Intermodal Sacomã, na região sudeste da cidade de São Paulo. Além disso, o corredor passará pelos municípios de Santo André e São Caetano do Sul, também no ABC.
Dessa forma, a expectativa é que mais de 173 mil passageiros usem o modal diariamente.
A empresa responsável pela obra e futura operação do corredor é a Next Mobilidade, nome fantasia da ABC Sistemas. Além disso, a empresa opera também o Corredor Metropolitano ABD, desde 1997, sob o nome de Metra, até a mudança de nomenclatura em 2021. À época, a empresa assinou junto ao governo do Estado de SP um contrato ampliado de R$ 22 bilhões que prorrogou a concessão até 2046, incluindo a construção do BRT ABC e renovação da frota em funcionamento no corredor ABD.