Por volta as 2h10 da quarta-feira, 18 de dezembro, um trem de carga da empresa MRS descarrilou próximo à Estação Brás, da Linha 11-Coral da CPTM. O descarrilamento do trem causou, durante toda a quarta-feira, um grande transtorno no sistema de trens urbanos de São Paulo, comprometendo até as linhas do metrô. Ainda hoje (19 de dezembro), a CPTM e a MRS mantinham um efetivo de mais de 70 técnicos no local ate às 13h38, quando o percurso foi liberado.
Durante a parte da manhã, a equipe de manutenção da CPTM trabalhou “no reparo da via, com substituição de lastros, trilhos, dormentes e ajustes na geometria da via para, posteriormente, concluir com o alinhamento da rede aérea”, afirmou a companhia em nota para o Mobilidade Estadão.
De acordo com a CPTM, as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 12-safira e 13-Jade operaram normalmente todo o dia. Hoje, na parte da manhã, 10 ônibus de emergência do sistema Paese ajudam a escoar os passageiros. Ontem, a operação também existiu.
Vale lembrar que a Linha 11-Coral é o ramal mais movimentado dos trens paulistanos, com cerca de 13,1 milhões de embarques mensais.
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Todos os dias a MRS faz cerca de 20 viagens com trens de carga, totalizando aproximadamente 600 transportes por mês. A companhia atua em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. A empresa transporta “todos os tipos de carga em contêineres, produtos siderúrgicos, bauxita, cimento, carvão, entre vários outros”, afirma a empresa em nota. A companhia tanto leva quanto traz carga do Porto de Santos.
De acordo com a MRS, 1.643 km de trilhos são usados para fazer o transporte de carga. Na capital paulista, a MRS compartilha com a CPTM trechos das Linhas 7, 10, 11 e 12. Para evitar transtornos, a empresa utiliza os trilhos fora do horário de pico ou de madrugada. No entanto, o descarrilamento de ontem causou danos que ainda persistem.
Em nota para o Mobilidade Estadão, a MRS afirma que “quase 20% de tudo o que o Brasil exporta e um terço de toda a carga transportada por trens no País passam pelos trilhos da MRS. A empresa conta com mais de 100 terminais espalhados por toda a sua malha, a qual passa por 105 cidades da região Sudeste do Brasil”. Por fim, vale ressaltar que a empresa e a CPTM afirmam que ainda analisam quais foram as causas do acidente