Biodiesel na Índia, país é um dos líderes na busca por biocombustíveis

Segundo a Agência Internacional de Energia, o uso de biocombustíveis na Índia deve triplicar até 2029. Foto: Adobe Stock

02/07/2024 - Tempo de leitura: 1 minuto, 48 segundos

A Índia, nos próximos cinco anos, deve quase triplicar o consumo de biocombustíveis e usar quantidades cada vez maiores de etanol para substituir o diesel e o combustível de aviação, é o que aponta relatório criado pela Agência Internacional de Energia (IEA). A entidade afirma ainda que a Índia pode impulsionar o mercado global de combustíveis sustentáveis.

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A meta do país é misturar até 5% de biodiesel nos combustíveis até 2030. De acordo com a IEA, esse esforço exigirá 4,5 bilhões de litros de biodiesel por ano. No entanto, a Índia deve enfrentar desafios nesse processo, como a necessidade de modernizar os carros e diversificar a matéria-prima do biodiesel, segundo a IEA.

Biocombustíveis na Índia

Em 2023 a Índia propôs uma Aliança Global de Biocombustíveis para apoiar o resto do mundo na adoção de combustíveis sustentáveis. As projeções da IEA indicam que os países emergentes devem ser os principais consumidores até 2028. Em primeiro lugar, aparece o Brasil, com 15,7 bilhões de litros por ano. A Índia também se destaca, com esperados 2,6 bilhões de litros por ano.

Ao mesmo tempo, a nação asiática também se destaca pelo uso de etanol feito de cana-de-açúcar, milho, talos de algodão, palha de trigo, palha de arroz e bambu. A Índia é o terceiro maior produtor de etanol atualmente e até 2030 espera ter 20% de concentração de etanol em seus combustíveis.

Países emergentes lideram mercado

Brasil, Indonésia e Índia são os países que mais devem buscar por biocombustíveis em 2024. A existência de políticas públicas que fomentam o setor e a abundância de matéria-prima são fatores que favorecem essa realidade, segundo a IEA.

Em países desenvolvidos, “o crescimento dos biocombustíveis é limitado por fatores como a crescente adoção de veículos elétricos, melhorias na eficiência dos veículos, limitações técnicas e altos custos de mistura em alguns mercados”, sintetiza o relatório criado pela instituição.