Mais de 60% dos paulistanos declaram ter sua produtividade afetada pelo tempo de locomoção para o trabalho. O dado foi revelado pelo estudo Mobilidade – Pesquisa de Mercado, realizado pelo iCarros, marketplace de veículos do Itaú Unibanco, em parceria com a Letz, startup de tecnologia que oferece serviços de viagens compartilhadas entre motoristas e passageiros que residem e trabalham próximos.
De acordo com o levantamento ‘Viver em São Paulo: Mobilidade Urbana’ feito pela Rede Nossa São Paulo em setembro deste ano, quem reside na capital paulista passou a gastar, em média, 2h19 em seus deslocamentos, 18 minutos a mais que no ano passado.
O estudo de mobilidade corporativa da iCarros feito em parceria com a Letz foi apresentado durante a quarta edição do Itaú Tech Summit Mobility, em 3/11.
Foram discutidos temas do futuro da mobilidade, como a evolução dos híbridos e elétricos, o uso de tecnologia 5G, inteligência artificial e o compartilhamento de automóveis.
Além desses, o impactos na qualidade de vida e na jornada de trabalho no período pós pandemia também foram abordados.
O levantamento apontou, também, que o tempo de locomoção até o trabalho tem impacto na qualidade de vida de 53% dos entrevistados.
E isso se tornou ainda mais evidente depois da pandemia, pois uma parcela considerável da população, que pôde trabalhar em sistema 100% home-office, acabou se adaptando às suas vantagens.
Atualmente, em torno de 20% das pessoas migraram para o modelo híbrido de trabalho, variando entre 3, 2 ou 1 dia presencial por semana.
Outro dado revelado é que pessoas acima de 46 anos de idade tendem a fazer mais home-office que as demais faixas etárias.
A retomada das atividades presenciais veio marcada por novos hábitos e prioridades por parte dos usuários.
O estudo registrou um aumento significativo na utilização de aplicativos de mobilidade, que passou de 5% para 22% após a pandemia.
Hoje, 46% dos usuários afirmam que buscam principalmente mais segurança e conforto nos meios de transporte.
As mulheres, por sua vez, se sentem menos protegidas: mais que o dobro delas se declaram mais afetadas em relação aos homens nos meios de transporte.
E, por fim, 79% dos entrevistados não recebem nenhum benefício de mobilidade além do vale transporte.