A greve de ônibus em São Paulo prevista para a sexta-feira, 7, foi suspensa após assembleia realizada na sede do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SindMotoristas). A decisão aconteceu depois, também, da audiência de conciliação na Justiça do Trabalho com o sindicato da categoria patronal, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPurbanuss), conforme apurado pelo Estadão.
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A assembleia geral levou para votação entre os trabalhadores o parecer da diretoria do sindicato pela suspensão da greve, anunciada na quinta-feira, 5. Em votação unânime, a categoria decidiu acompanhar a deliberação da diretoria, com operações em funcionamento regular na sexta.
A greve de ônibus em SP envolveria a categoria de motoristas, cobradores e demais funcionários do setor de manutenção e fiscalização. Conforme informado pelo diretor do SindMotoristas, Nailton Francisco de Souza, a categoria deve manter estado de greve até 30 de junho. A data também corresponde ao prazo limite para as negociações salariais com as empresas de ônibus, uma das pautas da mobilização.
De acordo com o diretor, as partes também concordaram que as negociações terão, agora, a participação do Tribunal de Contas do Município (TCM). As entidades aprovaram também a decisão de criar um corpo técnico para fiscalizar os contratos firmados pelas concessionárias com a Prefeitura de São Paulo. Além de membros das entidades sindicais, trabalhista e patronal, devem compor a comissão também representantes do Ministério Público do Trabalho e da SPTrans.
Durante o período de negociações, os trabalhadores devem continuar fazendo mobilizações.
O sindicato dos metroviários exige aumento salarial real de 10,8%, reajuste no vale alimentação de 26,7% e reajuste no vale refeição 15%. Os valores usam como base cálculos feitos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
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Ao mesmo tempo, a categoria também exige abertura de concursos públicos, mudanças nos planos de carreira, reintegração dos demitidos na última greve e melhorias no plano de saúde.
Por sua vez, o Metrô oferece aumento de 2,77% de acordo com IPC-FIPE, valor não aceito pelos trabalhadores. A empresa também já concordou em atender reivindicações da categoria, como fornecer estepes horizontais. Por fim, a companhia também firmou compromisso em Tribunal para entregar nova proposta salarial no dia 5 de junho.