Vai ter greve de ônibus em São Paulo dia 7 de junho?

Última reunião antes de deflagração de greve deve acontecer no dia 3 de junho. Foto: Divulgação/Shutterstock

31/05/2024 - Tempo de leitura: 2 minutos, 1 segundo

O SMTTRUSP (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo) aprovou indicativo de greve de ônibus em SP em sua última reunião. A entidade estabeleceu 03 de junho como prazo final para o sindicato patronal (SPUrbanuss) enviar nova proposta de aumento salarial. Caso as demandas não sejam atendidas, o sindicato dos motoristas planeja deflagrar greve geral na sexta-feira, dia 7 de junho.

A paralisação deve acontecer no dia 7 de junho porque a lei prevê que, em caso de serviços essenciais, as greves tenham anúncio com 72 horas de antecedência. A greve geral deverá começar às 0h00 da sexta-feira e atingir todas as garagens e terminais de ônibus de São Paulo.

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Edivaldo Santiago, presidente do sindicato dos motoristas, enfatiza a data limite para negociação. De acordo com ele: “Vamos aguardar uma proposta digna, justa e decente dos patrões até o dia 3 de junho. Se não vier, a direção do sindicato vai mobilizar a categoria para um grande movimento paredista nesta cidade”.

Como andam as negociações para evitar a greve de ônibus em SP?

Até o momento, o sindicato dos motoristas de ônibus já se reuniu cinco vezes com os representantes patronais. No entanto, os motoristas consideram que as propostas dos patrões são insuficientes.

O SMTTRUSP pede reajuste salarial de 3,69%, usando como índice o IPCA-IBGE, mais 5% de aumento real e reposição de 2,46% das perdas salariais ocorridas durante a pandemia, estimativa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

Por sua vez, o SPUrbanuss oferece aumento de 2,77% de acordo com IPC-FIPE, valor não aceito pelos motoristas. Demais reivindicações, como participação dos lucros, reajuste do tíquete e do seguro de vida, melhoria de convênio médico e odontológico e remuneração durante o horário de almoço, estão sendo analisadas e devem receber contraproposta no dia 03 de junho.

Por fim, o Mobilidade Estadão entrou em contato com o SPUrbanuss para questionar a possibilidade de atendimento das demandas. A entidade afirmou que “as conversações entre o sindicato patronal e o sindicato dos operadores ainda não foram encerradas. Assim, seria inoportuno o SPUrbanuss se manifestar sobre as negociações em andamento das cláusulas econômicas”.