Estrada de Ferro Campos do Jordão: governo de SP abre consulta pública para concessão

O complexo inclui os trilhos, o Parque Reino das Águas Claras, de 38 mil m², e, além disso, o Museu de Memória Ferroviária.

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A consulta pública do projeto de concessão da Estrada de Ferro Campos do Jordão começa nesta segunda-feira, 5 de maio. O projeto do governo de São Paulo inclui a reforma dos 47 km de trilhos, desativados desde a pandemia. À época, criminosos furtaram quase um terço dos cabos de alimentação dos trens elétricos. Atualmente, ela está totalmente desativada.

A consulta ficará aberta até o dia 23 de junho. Segundo o governo, o objetivo é, dessa forma, colher contribuições da sociedade civil, especialistas, empresas e demais interessados que possam colaborar com o aperfeiçoamento do projeto. Os documentos e estudos ficarão disponíveis no site da Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI).

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Como publicado no Diário Oficial do Estado, poderão ter acesso aos documentos somente aqueles que enviarem solicitação ao e-mail concessaoefcj@sp.gov.br. A mensagem deve conter, assim, o nome completo, e-mail, CPF, instituição, telefone e cidade do solicitante.

Complexo Turístico Estrada de Ferro Campos do Jordão

Os investimentos são estimados em R$ 380 milhões. O complexo inclui, além dos trilhos, o Parque Reino das Águas Claras, de 38 mil m², e o Museu de Memória Ferroviária. Além disso, o contrato prevê a criação de oficinas, estações e ativos culturais na região.

Em 2019, antes da pandemia, a ferrovia transportou mais de 160 mil passageiros. O trem turístico vinha funcionando desde 2004. Partia da estação ferroviária de Pindamonhangaba (km 0), fazia a primeira parada no Reino das Águas Claras (km 7) e iniciava o trecho de serra, parando na vila de Piracuama (km 20).

A próxima parada acontecia na estação de Engenheiro Lefévre (km 28), em Santo Antônio do Pinhal, após passar pelo Alto do Lageado, o ponto culminante ferroviário do Brasil, a uma altitude de 1.743 m. Em seguida o trem chegava ao Portal de Campos do Jordão (km 40) e fazia o trajeto urbano até a estação de Abernéssia (km 43), com o ponto final na estação Emílio Ribas (km 47), no Morro do Elefante.

Porém, durante o período de isolamento social, os trilhos não sobreviveram a uma série de furtos aos cabos que alimentavam o trem elétrico. Os criminosos retiraram cerca de 30 km de cabos, segundo informações da Polícia Civil. Com isso, a linha parou de funcionar. O trem a vapor Maria Fumaça voltou a circular em 2022 em um breve trecho de 4 km, entre as vilas Capivari e Abernéssia, transportando 64 passageiros por viagem. Em agosto de 2024, contudo, o trecho foi desativado. O motivo, segundo apurou o Estadão Mobilidade, foi a reprovação em laudos técnicos que atestavam a segurança da operação. Assim, atualmente nenhum trem circula na ferrovia histórica.

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