Em sua última reunião, o Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo suspendeu a greve no metrô de São Paulo até o dia 05 de junho. Na data, os membros da categoria devem se reunir com o Metrô e receber uma nova proposta para aumento salarial e outras demandas. A categoria planeja realizar nova assembleia após a reunião com os patrões e decidir se extingue a paralisação, caso os pedidos sejam atendidos, ou deflagra greve, caso não haja acordo.
Caso ocorra, a greve no metrô de São Paulo irá impactar as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata. Por sua vez, as linhas 4-Amarela e 5-Lilás continuariam funcionando normalmente, uma vez que são operadas por empresas privadas.
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Apesar de suspensa a paralisação, os trabalhadores do metrô ainda continuam a trabalhar sem uniforme e usar camisas com dizeres da campanha salarial para demonstrar adesão ao movimento.
O sindicato dos metroviários exige aumento salarial real de 10,8%, reajuste no vale alimentação de 26,7% e reajuste no vale refeição 15%. Os valores usam como base cálculos feitos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
Ao mesmo tempo, a categoria também exige abertura de concursos públicos, mudanças nos planos de carreira, reintegração dos demitidos na última greve e melhorias no plano de saúde.
Por sua vez, o Metrô oferece aumento de 2,77% de acordo com IPC-FIPE, valor não aceito pelos trabalhadores. A empresa também já concordou em atender reivindicações da categoria, como fornecer estepes horizontais. Por fim, a companhia também firmou compromisso em Tribunal para entregar nova proposta salarial no dia 5 de junho.
A redação do Mobilidade Estadão entrou em contato com o Metrô para questionar se as demandas dos metroviários são viáveis. A empresa optou por não se posicionar, uma vez que a negociação entre as partes ainda está em andamento.