Hoje em dia, há quem faça home office no escritório do próprio apartamento. Contudo, um jovem alemão levou a sério o conceito de trabalho remoto. Aos 17 anos, Lasse Stolley mora e trabalha nos trens da Alemanha e compartilha sua rotina no Instagram.
Ele trocou a casa pelos trilhos e esse estilo de vida permite que ele decida se vai passear nos Alpes ou mergulhar no Mar Báltico. “Minha vida no trem custa cerca de 10 mil euros por ano”, conta o jovem ao canal Deutsche Welle (DW).
Para viver no trem, ele precisa apenas de uma coberta, roupas, três camisetas, duas calças, pasta e escova de dentes. Após terminar os estudos, em 2022, ele decidiu trabalhar de forma remota e viver se deslocando pelo país.
Para conseguir trabalhar de qualquer lugar, Stolley atua como desenvolvedor de software em uma startup alemã. Para viajar pela Alemanha, ele não economiza: vai sempre de primeira classe. Portanto, a primeira parte do salário dele vai para o BahnCard, um cartão de transporte.
Para jovens, o cartão da estatal ferroviária alemã, Deutsche Bahn, custa cerca de 6 mil euros por ano. Ele também tem acesso às salas VIP das estações, onde pode comer de graça. Portanto, a alimentação também não é um custo pesado.
Lasse Stolley conta que lava as roupas no lounge das estações e deixa todas secando em algum trem noturno. Para dormir, os trens também são o lugar ideal. Portanto, ele viaja, trabalha, faz a higiene pessoal e se alimenta em ambientes ferroviários.
A persistência foi o segredo para que o jovem pudesse se acostumar com a vida itinerante. Afinal, nos três primeiros meses foi uma rotina muito cansativa. “Eu dormia muito mal e ficava exausto com frequência. Agora, as coisas estão muito melhores”, conta Stolley.
Em meio a tantas possibilidades, o jovem viajante conhece vários destinos. Embora tenha visitado cidades litorâneas e do interior, seu local favorito na Alemanha é Berlim. Para ele, a parte mais divertida é que toda vez que ele chega, tudo está diferente e a experiência é completamente distinta da anterior.