Linha 6-Laranja: como estão as obras da nova linha de metrô de São Paulo
As obras da futura Linha 6-Laranja do metrô de São Paulo avançam e atingiram o marco de 61,83% de progresso físico, divulgou a concessionária LinhaUni (Acciona), responsável pelo projeto. A previsão é que o ramal, que ligará as zonas norte e oeste ao centro da cidade, seja inaugurado parcialmente em outubro de 2026, no trecho entre Brasilândia e Perdizes. O percurso restante, por conseguinte, até São Joaquim, tem inauguração prevista em 2027.
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Entre as estações mais adiantadas estão as de Perdizes, Água Branca e Santa Marina. Já foram instalados 19 km de trilhos ao longo do traçado da linha, que conta com 15 estações e, além disso, 15,3 km de extensão operacional. A expectativa é que, assim, a linha atenda 633 mil passageiros diariamente, reduzindo a 23 minutos o tempo necessário para vencer o trajeto que exige hoje uma hora e 30 minutos de ônibus. A Linha 6 fará integração com a Linha 7-Rubi dos trens suburbanos e com as Linhas 4-Amarela e 1-Azul do metrô.
Assim, o avanço físico de cada uma das estações é:
Mais atrasada, as obras da Estação 14 Bis-Saracura foram interrompidas em 2022 após as escavações revelarem um sítio arqueológico no local onde ficava a quadra da escola de samba Vai-Vai. Os artefatos foram identificados como parte do Quilombo Saracura, um dos maiores da cidade de São Paulo, nesse sentido, segundo o movimento Mobilização Estação Saracura/Vai-Vai.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) permitiu a continuidade das escavações em abril deste ano. Em contrapartida, a LinhaUni contratou uma empresa especializada para realizar a desmontagem e musealização dos achados. De acordo com a concessionária, “novas definições referentes à retomada das obras de construção da Estação estão sendo alinhadas em conjunto com os órgãos envolvidos”.
Em fevereiro, além disso, o governo do Estado de São Paulo autorizou a realização de estudos para ampliação da linha. O projeto de ampliação prevê, assim, sete novos quilômetros e seis novas estações, sendo quatro delas na região centro-leste e duas ao noroeste da capital. Contudo, não há prazo para a conclusão dos estudos.
As obras da Linha 6-Laranja começaram em 2015. Paralisadas no ano seguinte devido a dificuldades financeiras da concessionária Move São Paulo, formada pela Odebrecht e Queiroz Garcia, envolvidas nas investigações da Lava Jato, a situação levou o governo do Estado a rescindir o contrato de concessão. A Acciona, através da LinhaUni, assumiu o empreendimento em 2020, retomando, assim, a construção, que não havia avançado mais que 15%.