Linha 7-Rubi: qual a situação do ramal que liga Jundiaí à cidade de São Paulo?

Técnicos da CPTM estão no local para retirar um carro que está próximo ao túnel Botujuru e fazerem a readequação da via, na região de Campo Limpo Paulista. Foto: Divulgação CPTM

03/02/2025 - Tempo de leitura: 2 minutos, 49 segundos

A Linha 7-Rubi da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) opera com restrições nesta segunda-feira, 3 de fevereiro. O trecho entre as estações Botujuru e Campo Limpo Paulista, na região metropolitana de São Paulo, funciona com velocidade reduzida.

Na madrugada de sábado, 1º de fevereiro, fortes chuvas provocaram um deslizamento de terra que atingiu a linha férrea. Um trem que circulava pelo trecho descarrilou por volta das 4h da manhã. Felizmente, não houve vítimas.

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Técnicos da CPTM já retiraram sete carros avariados do local e liberaram um Aparelho de Mudança de Via (AMV). A circulação de trens retomou em uma das vias, o que pode aumentar o intervalo entre as estações.

A CPTM informou no início da tarde desta segunda-feira que ainda precisa retirar um carro do trem descarrilado. Após a remoção, a equipe realizará reparos na via para normalizar a circulação.

Confira abaixo a nota da CPTM sobre o assunto.

Nota da CPTM

“A circulação de trens na Linha 7-Rubi da CPTM acontece por via única entre as estações Botujuru e Campo Limpo Paulista nesta segunda-feira (03/02). A circulação é normal entre as estações Francisco Morato e Rio Grande da Serra.

Às 13h de hoje, o oitavo e último carro foi retirado do local, mas os trabalhos para retirar a terra, que desceu com o deslizamento e com as chuvas constantes do fim de semana, continuam. Além disso, a partir de agora será iniciado o trabalho de readequação da via.

Também a partir das 13h, em razão da baixa demanda de passageiros, o sistema Paese foi cancelado.”

Como é a Linha 7-Rubi?

A extinta São Paulo Railway foi responsável pela construção da linha férrea que, na época, ligava Santos a Jundiaí inaugurada em 16 de fevereiro de 1867. No final do século 19 e início do 20, a linha era muito importante para transportar café do interior do Estado para o porto de Santos.

Com o tempo, porém, o transporte de carga migrou dos trilhos para as estradas. E a linha férrea foi desativada. Décadas depois, em 1994, a CPTM assumiu a linha, que ganhou o nome de “Linha A-Marrom”, fazendo a ligação de Jundiaí até o Brás. Em 2008, ela ganhou outro nome: Linha 7-Rubi.

O ramal ferroviário se estende por 57,5 km, com 18 estações, ligando a estação Brás, na capital paulista, a Jundiaí e são transportadas 317,8 mil pessoas por dia.

Em 2021, a companhia criou o o serviço 710, que funciona ininterruptamente entre Rio Grande da Serra e Jundiaí sem a necessidade de transferência pelas estações Brás, Luz e Palmeiras-Barra Funda. Desta forma, a conexão das duas linhas totaliza 31 estações e tem quase 100 km de extensão.

Apesar do sucesso do serviço, ele será descontinuado em setembro deste ano após quatro anos de operação. Ela será concedida à empresa TIC Trens, que vai operar a Linha 7-Rubi e outras duas futuras que ligarão a capital paulista e Campinas.

Ela faz parte do consórcio C2 Mobilidade sobre Trilhos, que venceu o leilão “Trem Intercidades Eixo Norte”.

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