Logística: 81% dos distribuidores brasileiros esperam aumentar a produtividade nos próximos 5 anos

Presente na Intermodal South America, a Infor destacou o software de gestão de armazéns, com planta 3D para testes de estresse. Foto: Gorodenkoff/Adobe Stock

Há 1 dia atras - Tempo de leitura: 4 minutos, 1 segundo

A pesquisa “How Possible Happens” revelou que 81% das empresas de distribuição e logística brasileiras esperam aumentar a produtividade em 20% nos próximos três a cinco anos. Além disso, 78% dos distribuidores brasileiros do setor esperam aumentar seus investimentos em tecnologia em 20% ou mais nos próximos três a cinco anos. Os dados foram divulgados durante a feira Intermodal, que ocorreu em São Paulo entre os dias 22 e 24 de abril.

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“Pela primeira vez a gente viu com dados o apetite das empresas de olhar para a tecnologia e não só a tecnologia que já existe, mas as novas tecnologias”, explica Guga Peccicacco, gestor de comunicação da Infor, responsável pela pesquisa. O levantamento foi realizada com 3.600 empresas, de 15 países e 7 indústrias diferentes.

Apesar da expectativa de crescimento de investimentos em tecnologia, no principal fator para aumento da produtividade, segundo Guga, os distribuidores brasileiros ainda estão atrás. Por exemplo, no México, 84,1% das empresas do setor responderam que devem investir em tecnologia nos próximos cinco anos.  

Embora esse cenário de melhorar a produtividade não seja novidade, a partir da pandemia de covid-19, as empresas passaram a ter mais cuidado. “Essas mudanças na estrutura da cadeia de suprimentos está forçando as empresas a fazerem uma gestão muito mais afinada”, explica Guga. 

Para isso, ele cita que existem duas opções: aumentar a quantidade de funcionários e investir em tecnologias de gestão. Porém, a escassez de mão-de-obra qualificada e a redução crescente de pessoas em situação ativa torna os investimentos em tecnologias mais viáveis no Brasil e no mundo. 

Tecnologia na produtividade dos distribuidores brasileiros

A pesquisa da Infor, empresa líder global em software de gestão empresarial na nuvem, também revelou que 79% dos distribuidores brasileiros entendem que o uso de tecnologias avançadas é fator-chave para o sucesso no futuro. 

“Os principais desafios de quem lida com logística de produção é você e gerenciar os times”, conta Guga. “Com a nossa tecnologia você consegue ver todas as atividades e a eficiência de operação no nível do indivíduo”, acrescenta. 

Conforme o gestor, a pesquisa ainda revelou que as empresas com melhor performance tem o processo interno como um fator competitivo. “O processo delas é tão eficiente, o time tá tão azeitado, que ela consegue ir muito na frente das outras empresas”, explica ele. 

Além disso, a pesquisa percebeu que as empresas super produtivas tem indicadores bem comunicados a equipe. Ou seja, as pessoas entendem exatamente onde devem chegar. 

“Essas empresas estão saindo do modelo de software ‘on premise’, que é aquele instalado nas máquinas, nas operações, dentro da operação e mudando para nuvem, migrando para nuvem, contextualiza Guga. 

Portanto, a tecnologia permite que os gestores acompanhem as informações e rendimentos em tempo real, com a última versão atualizada. 

Cultura de dados é peça-chave da produtividade

Conforme a Infor, a pesquisa busca ser bússola para os empresários. Dessa forma, identificou as atividades que levam empresas de alta performance a se manterem superprodutivas. As principais são: Processos e Sistemas, Agilidade e Preparação para o Futuro, Cultura de Dados e Foco no Cliente. 

No Brasil, ganhou destaque o uso das tecnologias digitais para automatizar muitos processos repetitivos e sem valor agregado. Somado a isso, a Infor percebeu a adoção de indicadores-chave e o uso de tecnologias que permitam ver os ganhos de produtividade e desempenho.

Dentre as atividades que mantêm uma empresa ágil e preparada para reagir às incertezas do mercado no futuro, as empresas de alta performance demonstram grande preocupação em aproveitar tecnologias para inovar mais rápido. No caso dos empresários brasileiros, o uso de tecnologias avançadas para prever eventos e tomar ações preventivas teve especial menção.

Além disso, as empresas demonstraram apetite para investir em uma cultura orientada por dados, que permanece aberta aos avanços tecnológicos. Os empresários afirmam que seus colaboradores estão equipados para tomar decisões guiadas por dados e estão usando os dados para prever demandas futuras do negócio. 

Para isso, essa mudança dos softwares ‘on premise’ para a nuvem são essenciais. Guga conta que a organização de uma cultura de dados passa por três etapas: organizar os dados, conseguir tirar insights e dar autonomia aos tomadores de decisão. Dessa forma, o processo passa a se tornar um fator competitivo.

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