Maio Amarelo chega com alerta para aumento das mortes no trânsito

Mortes de motociclistas neste primeiro trimestre somaram 551, contra 467 no mesmo período do ano passado. Foto: Adobe Stock

01/05/2024 - Tempo de leitura: 2 minutos, 20 segundos

Entramos hoje (1/05), oficialmente, no Maio Amarelo, mês marcado pelo movimento realizado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) que convida a sociedade e o Poder Público de todos os Estados do País a refletirem sobre seus números, iniciativas em segurança viária e, principalmente, mortes no trânsito.

E, mais uma vez, os dados são preocupantes: em 2022 foram 33.894 óbitos no País, de acordo com os dados do Ministério da Saúde, número um pouco acima dos 33.813 registrados em 2021.

Da mesma forma, no Estado de São os números também indicam uma escalada da violência nas ruas e avenidas: 1.347 mortes decorrentes de sinistros de trânsito entre janeiro e março deste ano, segundo o monitoramento do Infosiga-SP, índice 14,5% superior ao mesmo período de 2023.

Principais vítimas

Embora a divisão de mortes por modais indique aumento em praticamente todos eles, as motocicletas continuam concentrando o maior número de vítimas no Estado de São Paulo, refletindo uma questão que se repete em todo o Brasil.

Assim, os sinistros com motos resultaram em 551 mortos no primeiro trimestre deste ano, contra as 467 registradas no mesmo período do ano passado. Apenas na capital paulista, morre mais de 1 motociclista por dia, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

A iniciativa mais bem-sucedida nesse sentido foi a implementação da Faixa Azul para tráfego de motos, instalada a partir de outubro de 2022, inicialmente na Avenida 23 de Maio, escolhida como piloto por se tratar de uma via com alto tráfego do modal.

Lá, circulam 2.400 motos por hora, chegando a 50 mil ao dia, com 78% dos acidentes no local envolvendo motocicletas. Atualmente há 98,2 quilômetros de Faixa Azul funcionando na capital, sem registro oficial de morte de motociclistas desde sua implementação.

Outros modais

Em março, foram 321 vítimas fatais em carros no primeiro trimestre, contra 274 no mesmo período de 2023, com aumento de 17,2%.

Já em relação aos pedestres, foram, no acumulado do último trimestre, 279 óbitos de janeiro a março de 2024 contra 275 no mesmo período de 2023, com elevação de 1,5%.

O número de óbitos envolvendo sinistro com bicicletas também registrou elevação: no acumulado do primeiro trimestre, foram 91 mortes de ciclistas entre janeiro a março de 2024, contra 86 no mesmo trimestre do ano anterior.

Ônibus foi o único modal a apresentar queda nas mortes decorrentes de sinistros de trânsito. Em março foram 2 mortes contra 6 registradas em março de 2023, ou seja, uma queda de 66,6%. Já no acumulado do trimestre, o declínio é menor, 33,3%, pois foram 4 óbitos de janeiro a março deste ano, contra 6 no mesmo período do ano anterior.

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