Marcas ampliam prazo de revisões de veículos novos

Os prazo para a manutenção das motos foi estendido pelas montadoras. Foto: Divulgação.
Arthur Caldeira
24/04/2020 - Tempo de leitura: 2 minutos, 49 segundos

Como forma de contribuir para o isolamento social e manter os motociclistas em casa, as fábricas de motos e scooters estenderam o prazo para as revisões periódicas, seja por tempo ou por quilometragem.

As primeiras manutenções, indicadas no manual do proprietário, são obrigatórias para manter a garantia do veículo.

A primeira revisão de modelos de baixa cilindrada em geral acontece seis meses após a compra, ou com 1 mil km rodados. Confira o que algumas marcas fizeram para evitar que o consumidor fure a quarentena:


Honda aumentou a tolerância para as duas primeiras revisões da moto ou scooter em três meses – no caso da quilometragem, passou de 1 mil km, na primeira, para 2 mil km; e de 6 mil km, na segunda, para 7 mil km


Kawasaki deu tolerância de até 240 dias após a última revisão. Ou seja, o prazo passou de seis para oito meses. No caso das revisões por quilometragem, a tolerância é de 500 km excedentes.


Triumph optou por estender o prazo de cobertura em 40 dias para motos cuja garantia venceu ou vencerá dentro do período entre 20 de março e 30 de abril. Mas alerta que esse prazo poderá ser prorrogado, caso as medidas de isolamento social sejam mantidas pelas autoridades sanitárias. “É uma iniciativa para proteger os nossos clientes neste momento tão delicado”, afirma Renato Fabrini, general manager da Triumph no Brasil.


Yamaha anunciou em sua página nas redes sociais que a garantia e os prazos para a realização das revisões periódicas foram estendidos. A marca aconselha aos proprietários agendarem o serviço quando as restrições de funcionamento do comércio forem suspensas e o atendimento na rede de concessionárias, restabelecido. A exemplo de outras empresas, como Dafra e Suzuki, solicita que os clientes entrem em contato com o serviço de atendimento (SAC) para sanar dúvidas.

Oficinas funcionando

Embora o showroom esteja fechado e o atendimento direto ao público, proibido, a venda de peças e motocicletas está sendo feita por telefone ou por canais eletrônicos. Já as oficinas, consideradas serviços essenciais pelo decreto lei que instaurou a quarentena no estado de São Paulo, estão atendendo em regime especial.

A Nacar Yamaha, rede de concessionárias da marca na capital paulista, mantém suas oficinas em funcionamento, mas aconselha aos clientes agendarem os serviços por telefone.

Já a BMW oferece um sistema gratuito de “leva & traz” para que os proprietários enviem suas motos para as oficinas autorizadas. “Reforçamos para que o contato e agendamento sejam feitos de forma prévia a fim de garantir a operação dentro das normas vigentes em cada estado, que podem divergir neste momento”, afirma Julian Mallea, diretor da BMW Motorrad no Brasil.


“Nosso showroom está fechado, mas a oficina está atendendo com hora marcada. Um funcionário, usando máscara e mantendo a distância recomendada, recebe a moto do cliente, que deve voltar para retirá-la no horário combinado”, explica Raul Fernandes Jr., diretor da concessionária Royal Enfield, na zona sul de São Paulo.

Apesar de a marca indiana ter ampliado o prazo das primeiras revisões, o empresário afirma que os clientes podem agendar a manutenção periódica pelo telefone ou pelo site da concessionária.