Práticas ESG com foco social

CCR ampliou as ações de apoio aos caminhoneiros durante a pandemia. Foto: Divulgação/Comunicação da CCR NovaDutra
Grupo CCR, Media Lab Estadão
15/04/2021 - Tempo de leitura: 4 minutos, 52 segundos

A sigla ESG vem ganhando relevância a cada dia como uma visão mais abrangente de sustentabilidade. São as iniciais, em inglês, para Ambiental, Social e Governança, o tripé sobre o qual devem se apoiar as iniciativas de uma empresa preocupada em contribuir para um mundo melhor.
Em 2020, a CCR – um dos maiores grupos de mobilidade da América Latina – aplicou R$ 29 milhões em 39 projetos de impacto social, alcançando um total de 2,5 milhões de pessoas.

As atividades de combate à covid-19 protagonizaram os esforços ao longo do ano. Foram doados 557 mil itens de alimentação, saúde e bem-estar para caminhoneiros, além de atendimentos de saúde e orientação emergencial por telemedicina para esse público.

Além disso, foram direcionados R$ 9 milhões a ações nas comunidades no entorno das concessionárias, e distribuídos 966 mil itens de higienização básica. “Alguns desses projetos já existiam, outros foram criados mais recentemente”, descreve Jéssica Trevisam Campregher, gerente de Responsabilidade Social do Instituto CCR, que gerencia o investimento social do Grupo CCR.

Valores ESG

“O ano de 2020 ficará na memória da CCR como um período de mudanças, avanços e descobertas”, observa a presidente do Conselho de Administração, Ana Penido. “Tratamos de olhar para os propósitos que devem nos guiar, revisitamos modos de fazer e nos empenhamos em aprimorar filosofias de trabalho que sejam aplicadas para evoluir nossa realidade cotidiana.”

O CEO Marco Cauduro juntou-se ao time em julho passado com a missão de implementar uma agenda de transformação que tem como objetivo a construção da maior operadora de serviços de infraestrutura com foco em mobilidade da América Latina. “É uma transformação sustentada pela inovação e centrada em valores de ESG, diversidade, segurança e encantamento dos clientes”, diz Cauduro.

“Tenho o privilégio de liderar nossos colaboradores em busca de novos patamares de crescimento, excelência e responsabilidade. A atuação responsável e preocupação com a sociedade são constantes no grupo e foram reforçadas com foco no apoio ao combate à pandemia. Além das ações realizadas diretamente junto aos nossos clientes, realizamos a doação de R$ 8 milhões ao Instituto Comunitas para a construção de unidade de produção de vacinas do Instituto Butantan”, descreve o CEO.

No portfólio do Instituto CCR têm se destacado também os projetos de educação e geração de renda. No apoio à educação pública, por exemplo, a CCR, por meio do Instituto, vem atuando com o programa Caminhos para a Cidadania, que no ano passado impactou mais de 81 mil alunos do ensino fundamental, em 71 municípios do País, com atenção especial à nova realidade das escolas, o ensino remoto ou híbrido.

Atuação na comunidade

Outro tema em foco é o empreendedorismo, abordado em uma edição especial do Momento Mobilidade, conversa semanal conduzida pelo editor do Jornal do Carro, Tião Oliveira. A conversa contou com a participação da gerente de Responsabilidade Social do Instituto CCR, Jéssica Trevisam Campregher, e da CEO da Wakanda Educação Empreendedora, Karine Oliveira.

Criada em Salvador, a Wakanda tem como foco da atuação o incentivo ao empreendedorismo popular. Como a CCR administra o metrô da capital baiana por meio da CCR Metrô Bahia,  e segue o principio de uma empresa de mobilidade humana que busca a qualidade de vida da sociedade e transforma as regiões onde atua, passou a apoiar uma das iniciativas da Wakanda, o projeto Acelerando Seu Corre.

“Acreditamos que muito além de garantir o ir e vir das pessoas, através de um serviço essencial de transporte, é preciso avançar para uma perspectiva de mobilidade humana e construir projetos de transformação social. Isso nos ajuda a dar vida ao nosso propósito diário”, destaca o diretor-presidente da CCR Metrô Bahia, André Costa.

Karine contou durante a conversa que a ideia surgiu da necessidade de simplificar o acesso a informações sobre empreendedorismo. “Eu via aquela enxurrada de palavras em inglês e me perguntava se precisava mesmo ser assim. Daí criamos cursos que tratam desses temas de forma bem simples, em baianês mesmo.” As ferramentas de acesso aos cursos também são as mais práticas para os participantes, como o WhatsApp.

Jéssica Trevisan Campregher, Karina Oliveira e Tião Oliveira – Divulgação Media Lab Estadão

União de propósitos

Wakanda, o nome da empresa de impacto social que desenvolveu o projeto Acelerando Seu Corre em Salvador, é inspirado no país fictício que se tornou conhecido por conta do filme Pantera Negra. Trata-se de um país muito avançado social e tecnologicamente.

O público-alvo são pessoas que praticam o que Karine chama de “empreendedorismo de rua” – pequenos negócios criados por necessidade, para o sustento imediato da família. “São casos em que não dá para montar um plano de negócio e esperar o lucro depois de não sei quanto tempo. É preciso gerar renda desde o início, porque quem empreende por necessidade tem pressa.”

Mais de 600 iniciativas já foram apoiadas pelo Acelerando Seu Corre desde 2018. “Não damos apenas conteúdo, porque isso muita gente faz. A gente atua lapidando habilidades. Falamos de precificação, gestão financeira, comercialização, logística, só que de uma forma traduzida para a realidade desses empreendedores”, explica Karine.

“O pilar de geração de renda é novo no Instituto CCR, mas sempre tivemos o desejo de atuar no desenvolvimento de empreendedores. O Acelerando Seu Corre se encaixou perfeitamente nesses planos”, conta a gerente de Responsabilidade Social do Instituto CCR, Jéssica Trevisam Campregher.