SÃO PAULO – A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta quinta-feira, 21, o investimento de R$ 500 milhões no Programa de Recapeamento da Cidade de São Paulo. Os contratos já estão sendo assinados. As obras começam em dezembro e devem se estender até maio do ano que vem. Pelo menos 3,2 milhões de m² de vias públicas serão recuperadas. As zonas leste e sul – que estão com avenidas mais danificadas – serão priorizadas, assim como vias onde há tráfego de ônibus.
O prefeito da capital, Bruno Covas (PSDB), disse que será elaborado um cronograma com a realização das obras nas vias que precisam de melhorias. “Em quais trechos de rua precisamos investir e melhorar o sistema viário”. Covas acrescenta que uma parte dos trabalhos será feita na madrugada para evitar transtornos ao trânsito.
Nesta quinta-feira, o prefeito assinou com o Itaú Unibanco a contratação da operação de crédito para o financiamento de recursos para realizar a ação, que faz parte do Programa de Metas da Prefeitura para o biênio 2019-2020.
“São Paulo continua com boa gestão fiscal. Não tem como pagar de uma vez, mas podemos pagar as parcelas. Quando assumimos a Prefeitura, tinha a relação dívida/ receita de 2016 com 92%. Fechamos o segundo quadrimestre de 2019 com relação em 57%. Trabalhamos para melhorar as contas públicas. A proposta do Itaú Unibanco foi a mais vantajosa”, disse Covas.
Além do investimento anunciado nesta quinta-feira, entre 2017 e 2019 foram aplicados aproximadamente R$ 380 milhões no recapeamento de mais de 200 vias da cidade. “Em 2019, já recapeamos, sem contar o valor desse empréstimo (de hoje), pouco mais de 1,7 milhão de m²”, afirmou o prefeito.
Segundo Covas, as guias e sarjetas também serão refeitas. “É preciso refazer guia e sarjeta para evitar a entrada da água por baixo do asfalto”.
Para manter a conservação de vias recapeadas, o secretário municipal das Subprefeituras, Alexandre Modonezi, disse que o relacionamento com concessionárias também mudou. “Mudou a orientação de como devem trabalhar. A cidade não pode investir dinheiro e no prazo de um ano ter as vias deterioradas porque concessionárias abrem buracos. Vias que fazem recape são proibidas para obras de concessionárias durante dois anos a não ser que aconteça algo emergencial como um vazamento de gás ou água”, ressaltou Modonezi.
Na próxima semana, Covas realizará a terceira sessão de quimioterapia. O prefeito garantiu que está se sentindo bem. “Fiz mais um exame de sangue para saber se é possível fazer a terceira sessão de quimioterapia na semana que vem e não há indicação de que não possa ser feita”, afirmou.
Na quinta-feira passada, 14, o prefeito recebeu alta médica do Hospital Sírio-Libanês, após 23 dias de internação para o tratamento de um câncer no estômago. Ele teve alta, mas retornou à Prefeitura com restrições.