RJ quer administrar Supervia e negocia integração com Jaé

Ainda não integrado ao Jaé, Supervia administra malha ferroviária de 270 quilômetros dividida em cinco ramais, três extensões e 104 estações. Foto: Divulgação/Supervia

Há 4 dias - Tempo de leitura: 2 minutos, 39 segundos

Eduardo Paes (PSD), prefeito do Rio de Janeiro, divulgou nas redes sociais que gostaria de trazer a administração da Supervia, operadora dos trens urbanos da região metropolitana do Rio de Janeiro, para o guarda-chuva da prefeitura. Em um post no X (antigo Twitter), Paes conta que conversou com o secretário de transportes do Estado, Washington Reis, sobre o assunto. 

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Além de gerir a Supervia, a Prefeitura do Rio de Janeiro pretende ajudar no financiamento da expansão do MetrôRio. “Importante fazermos a linha 6 (atendendo Jacarepaguá e a Zona Norte) e a ligação em direção ao Recreio dos Bandeirantes’, escreveu o prefeito. 

Em troca, Paes pede que o Estado faça a integração do Riocard, bilhete utilizado para acessar os trens, com o Jaé. Até 1º de julho, o Rio de Janeiro pretende ter um único sistema de bilhetagem, o Jaé. Entretanto, a prefeitura ainda não conseguiu que o metrô, Supervia e barcas aderissem.  

“Solicitei ao secretário, como contrapartida, que o Estado faça imediatamente a integração do Riocard com o Jaé (o que acaba com a caixa preta dos empresários de ônibus) e que a prefeitura possa assumir a Supervia no território do município”, disse na publicação. 

Atualmente, a Supervia é administrada pelo governo do Estado do Rio de Janeiro. “Queremos fazer com a Supervia a mesma recuperação que fizemos com o BRT. É muito tempo de maus-tratos ao povo carioca com o péssimo serviço de trens que temos por aqui”, acrescentou Paes. 

Integração com o Jaé

Conforme divulgado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, o Jaé será o único sistema de bilhetagem aceito nos modais municipais. Ou seja, o novo cartão atende o BRT (bus rapid transit, em português ônibus de trânsito rápido), veículo leve sobre trilhos (VLT), vans e os chamados “cabritinhos”, um transporte complementar comunitário feito normalmente por kombis.

Entretanto, a falta de integração com o transporte intermunicipal, como o Supervia, metrô e barcas, ainda confunde os usuários, que precisam manter o Riocard na carteira para transitar pela região metropolitana do Rio de Janeiro. Ou seja, moradores e pessoas que circulam por cidades como Caxias, Nova Iguaçu, São Gonçalo, Niterói, São João do Meriti e outras devem ser impactados financeiramente.

Com intuito de solucionar a falta de integração, o prefeito Eduardo Paes (PSD) decidiu aceitar a prorrogação do prazo para implementação plena do novo cartão. Além disso, outro motivo para o adiamento são as mudanças na estrutura societária da Jaé. Isso porque os novos acionistas solicitaram novo prazo para rever os procedimentos.

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