SP, BH ou RJ: qual cidade tem a pior mobilidade urbana?
São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, qual destas três capitais do Sudeste tem a pior mobilidade urbana, segundo seus próprios moradores? É essa a pergunta que tenta responder um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com a Systra Brasil, que criou, para isso, o Índice da Qualidade da Mobilidade Urbana (IQMU).
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O índice é formado por 2.443 dados de pessoas entrevistadas presencialmente nas três cidades em abril deste ano. Os passageiros foram questionados qual nota dão, de zero a 10, sendo zero o pior cenário, para os critérios de transporte público, automóvel particular, bicicleta, motocicleta, transporte de aluguel e a pé.
O estudo, que já está na quinta rodada, cita que a população das grandes cidades brasileiras enfrenta, diariamente, os efeitos da expansão urbana desordenada, da priorização histórica do transporte individual motorizado e da carência de políticas públicas estruturantes, principalmente aquelas que integrem as esferas nacional, estadual e municipal. Mas, afinal, qual é a pior mobilidade urbana entre as três cidades?
No conjunto, a pior mobilidade urbana entre as três cidades é no Rio de Janeiro, segundo os próprios moradores, com um índice de 4,6. Em seguida, Belo Horizonte teve sua mobilidade urbana avaliada em um índice de 4,8. Por último, com o melhor índice – para surpresa dos paulistas – está São Paulo, com 5,4.
Veja os valores para cada um dos critérios questionados.
Transporte público
Automóvel particular
Bicicleta
Motocicleta
Transporte de aluguel
A pé
Além do índice composto por cada um dos critérios, os usuários foram questionados qual a percepção geral sobre a mobilidade urbana. No Rio de Janeiro, 39,6% consideram a mobilidade ruim ou péssima; 40,3% a consideram regular; e 20,1% consideram boa ou excelente.
Em Belo Horizonte, 32,8% consideram a mobilidade ruim ou péssima; 39,8%, regular; e 27,4% consideram boa ou excelente. Já em São Paulo, 18,2% consideram a mobilidade péssima ou ruim; 37,1% consideram regular; e 44,7%, boa ou excelente.
Ou seja, na média, cerca de um terço da população das maiores cidades do Sudeste consideram a mobilidade urbana ruim ou péssima. Apenas em São Paulo o número daqueles que responderam que a consideram ruim ou péssima é menor que aquelas que responderam boa ou excelente.