Desativado desde 2016 devido a danos nos cabos, o teleférico do Alemão, no Complexo do Alemão (RJ), passou alguns anos sem manutenção e reforma. Porém, com as obras avançadas, o modal deve voltar a funcionar ainda neste ano. Os primeiros testes estão previstos para dezembro de 2025.
Leia também: Salvador estuda criar teleférico panorâmico no subúrbio
A notícia foi divulgada pelo governo do Estado do Rio de Janeiro após visita do governador Claúdio Castro (PL) na estação Adeus do teleférico. O gestor esteve no local no início de abril. Antes disso, Castro esteve na França, onde visitou a empresa responsável pelo fornecimento dos novos cabos. “Optamos por adquirir equipamentos 100% novos, para garantir a segurança dos usuários”, disse o governador.
Ao total, todas as seis estações passarão por reformas até o final de maio. O teleférico conecta as estações Bonsucesso, Adeus, Baiana, que já estão prontas, às estações do Alemão, Itacaré e Palmeiras, em fase final da reforma.
As intervenções, que incluem a compra dos cabos de aço e componentes eletromecânicos, estão orçadas em cerca de R$ 240 milhões, somando as três etapas, de acordo com o governo do Estado do Rio de Janeiro.
A última etapa já está em curso com a licitação para contratação da empresa que vai fazer a instalação dos equipamentos importados e modernização dos elevadores, catracas e de todo o sistema operacional. Portanto, o valor estimado para esta última etapa da obra é de R$ 102 milhões.
O teleférico conta com 152 gôndolas e um percurso total de 3,5 quilômetros. Assim, leva cerca de 10 minutos para fazer o trajeto com o modal. Por meio da Secretaria de Infraestrutura e Obras (Seiop), as estações passaram por melhorias nas instalações hidráulicas e sanitárias, sistemas elétricos, de iluminação e ar-condicionado, revestimentos e acabamentos.
Para o secretário de Estado de Infraestrutura e Obras Públicas, Uruan Andrade, a retomada do teleférico tem impacto direto no bem-estar social e gera renda para a população das 11 comunidades do complexo do Alemão. Ou seja, cerca de 10 mil pessoas.
Além disso, serviços de assistência social funcionarão em cada uma das estações. Conforme informações do governo, ainda não há definição sobre o preço da passagem. Mas está garantido, contudo, que haverá integração com os outros modais da cidade, por meio da estação Bonsucesso.
Leia também: VLT no Centro de SP cortaria emissão de 88,6 toneladas de CO² por dia, diz estudo