O tráfego nas rodovias de São Paulo e do Rio de Janeiro registrou uma desaceleração em março. Embora haja um aumento discreto, o valor contrasta com a tendência de alta dos meses anteriores.
As informações são da última edição do Monitor de Tráfego nas Rodovias, levantamento realizado pela Veloe em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Segundo a empresa, o objetivo é acompanhar o movimento de veículos leves e pesados nas rodovias desde janeiro de 2020.
Assim, o estudo mais recente mostra a variação no tráfego entre fevereiro e março de 2024. De acordo com a pesquisa, a mudança foi de 0,1% em São Paulo e de 0,3%, no Rio de Janeiro.
Neste contexto, o fluxo de veículos leves registrou crescimento nos dois estados (+1,2% em São Paulo e +1,7%, no Rio de Janeiro). Já o de veículos pesados nas vias caiu, o que influenciou o resultado geral. Em rodovias paulistas, a queda foi de -8,9%.
Entretanto, comparado a março de 2023, a retração do tráfego em rodovias paulistas foi de 0,5%. Por sua vez, as rodovias fluminenses apresentaram um aumento de 4,8% no número de veículos.
Segundo o estudo, a ligeira queda observada em São Paulo tem relação com o fluxo de veículos pesados, que recuou 6,8% no período. Por outro lado, no caso do Rio de Janeiro, o crescimento de tráfego foi impulsionado tanto por veículos leves (+4,7%) quanto por veículos pesados (+5,2%).
Ainda de acordo com o levantamento, no acumulado do primeiro trimestre de 2024, São Paulo apresentou um crescimento de 4,1% no fluxo agregado de veículos. Já o Rio de Janeiro registrou um aumento de 9,6%. Em ambos os casos, tanto o tráfego de veículos leves quanto de veículos pesados contribuiu positivamente para o resultado positivo.
Por sua vez, o volume de tráfego nos últimos 12 meses também representa um acréscimo. Afinal, São Paulo apresentou um crescimento de 3,1%, enquanto o Rio de Janeiro registrou uma alta acumulada de 6,9%, ambos em comparação com os 12 meses precedentes.
“Em conjunto, os resultados do Monitor de Tráfego nas Rodovias refletem uma desaceleração no fluxo de veículos, principalmente de veículos pesados, em meio a incertezas e dificuldades emergentes no cenário econômico, tanto da ótica do consumo, ou seja, das famílias, quanto do ponto de vista da produção e logística”, informa a Veloe, em nota sobre o estudo.