Transporte público em Sorocaba
O transporte público de Sorocaba, no interior de São Paulo, oferece integração tarifária entre 119 linhas do sistema. Segundo a Urbes – Trânsito e Transportes, que gerencia o sistema, os passageiros têm 90 minutos para trocar de ônibus em qualquer ponto da cidade.
Hoje em dia, existem duas opções: a integração física e a temporal. Em ambos os casos, o passageiro troca de ônibus sem pagar a segunda tarifa. Ou seja, gasta com apenas uma passagem.
A integração física opera desde 1992 e é realizada por meio do transbordo (troca de ônibus). Neste caso, isso ocorre dentro dos terminais urbanos Santo Antônio e São Paulo.
Por vez, a integração temporal é possível desde 2008. Assim, o passageiro faz a troca de linhas, dentro de um período máximo determinado (90 minutos), em qualquer ponto de ônibus do sistema.
De acordo com a Urbes, o sistema de integração temporal permite até três integrações ou a utilização de até quatro linhas, dentro do prazo máximo de 90 minutos. O tempo começa a ser contado a partir do pagamento da primeira passagem.
Ou seja, o usuário embarca na primeira linha e pode fazer a integração com outras três linhas diferentes, se desejar. Sempre pagando apenas uma passagem.
“Em um mesmo deslocamento, pode-se utilizar mais de uma linha de ônibus, pagando apenas uma passagem e sem necessidade de chegar aos terminais para fazer a transferência. City, Consor e BRT, as três empresas que operam o transporte no município, atuam de forma integrada”, explica o diretor-presidente da Urbes, Sergio Barreto, em nota.
A integração possui algumas regras vigentes. Por exemplo, o sistema de integração apenas não permite que o usuário faça o percurso de ida e volta com o pagamento de uma única passagem, na mesma linha.
Além disso, o usuário não pode desembarcar do ônibus de uma linha, durante o caminho, e tentar pegar a mesma linha outra vez, ou a linha que faça o mesmo trajeto, no mesmo sentido. “A integração é para facilitar o deslocamento, em menos tempo. Há apenas essas exceções”, reitera o diretor-presidente da Urbes.
Lucas Oliveira, morador do Parque Vitória Régia, na Zona Norte, traz um exemplo de como a integração pode funcionar. O passageiro utiliza o sistema de integração para chegar ao trabalho, na região do bairro Campolim, na Zona Sul.
“Integrar em qualquer lugar é mais rápido para o meu trajeto diário e bem mais fácil, porque uso dois ônibus para chegar ao meu destino. Demoraria mais se tivesse que ir até o terminal, para, então, pegar outro ônibus”, diz.
Outra regra é que a integração temporal está disponível para os usuários que possuem o cartão eletrônico do sistema (Cartão Social, Cartão Vale-Transporte, Cartão Estudante). Também para aqueles que realizam o pagamento via carteira digital, por meio do uso do celular.
“O passageiro embarca no primeiro ônibus e, na catraca eletrônica, tem o valor da tarifa descontado dos créditos do cartão. No próximo ônibus, ao encostar o bilhete, a catraca é liberada, mas sem o desconto dos créditos”, resume o diretor de Transportes da Urbes, Adriano Brasil.