Fábrica Honda Motos em Manaus. Foto: Divulgação
Mais uma vez, a Abraciclo, associação brasileira dos fabricantes do setor de duas rodas, revisou para cima as projeções para a produção e venda de motos em 2022. A entidade agora projeta que a produção deverá chegar a 1,42 milhão de unidades, com crescimento de 18,8% na comparação com 2021. Já a venda de motos no varejo deve fechar o ano com alta de 16,7%, chegando a 1,35 milhão de motocicletas emplacadas.
De acordo com o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, ao avaliar diversos fatores e a tendência para os próximos meses, a entidade aposta agora em uma retomada ainda mais forte do segmento. “As unidades fabris mantêm a curva de produção ascendente e o mercado pede por mais motocicleta”, diz. “Hoje o consumidor procura por um veículo ágil, econômico e com baixo custo de manutenção para seus deslocamentos”, completa.
Com a nova previsão, o segmento de motocicletas deve ficar próximo ao patamar alcançado em 2014. Naquele ano, as fábricas produziram 1.517.662 unidades. “Estamos distantes do recorde de 2,1 milhões de motocicletas produzidas em 2011. Mas acreditamos que, devido ao aquecimento do mercado, a indústria estará gradualmente retomando sua produção”, diz.
Ao avaliar o cenário econômico do País, Fermanian pondera que a associação está atenta a variáveis, como alta da inflação e juros altos, que comprometem o poder aquisitivo da população. “São fatores que podem fazer o consumidor deixar de adquirir um produto”, alerta.
A Abraciclo também revisou as projeções para as exportações. A nova estimativa é de que sejam embarcadas 59.000 unidades, volume 10,3% superior às 53.476 unidades exportadas em 2021.
Segundo levantamento do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, analisados pela Abraciclo, de janeiro a setembro, os fabricantes exportaram 43.670 unidades. Volume 2,1% maior do que as 42.765 unidades registradas no mesmo período do ano passado.
Ainda de acordo com dados do Comex Stat, a maioria das motos brasileiras vão para a Colômbia, com 28,6% dos embarques. Na sequência, vêm Argentina (23,6% do volume exportado) e Estados Unidos (20,9%).