Foco e empatia nas ruas de São Paulo

Uma rotina flexível, muito aprendizado, carro próprio e independência financeira estão entre as principais conquistas de Silvana dos Santos, motorista parceira da 99 desde 2017. Foto: Arquivo Pessoal

25/07/2022 - Tempo de leitura: 3 minutos, 59 segundos

O trabalho não assusta Silvana Ribeiro Gomes dos Santos, 53 anos, moradora do bairro do Butantã, na Zona Oeste da capital paulista. Muito pelo contrário: poder escolher os períodos e dias para rodar é o aspecto mais valorizado por ela nessa função. “Na minha rotina, faço uma pausa entre o almoço e a tarde para pegar os horários de pico e, nos dias em que tenho algum compromisso, costumo parar antes. Trabalhar mais ou menos horas é uma opção minha”, resume a motorista parceira da 99.

Segurança é o que importa
Atuando desde 2017 como motorista de aplicativo, Silvana começou como parceira da plataforma da 99, empresa de tecnologia ligada à mobilidade urbana e à conveniência, e mais uma outra de transporte exclusivo para mulheres. Com o tempo, optou por dar exclusividade à 99, pois o sistema de trabalho com a companhia foi o que mais se adaptou à sua rotina e necessidades. “Prezo muito pela segurança: não faço corrida com pagamento em dinheiro, nem cartão de débito ou pix. Para mim conta muito o fato de poder visualizar o destino do usuário assim que a corrida chega, porque fico mais tranquila trabalhando dessa forma”, explica.
Os bairros próximos da sua casa são suas principais áreas de atuação, mas quem está na rua sabe que pode ter que ir mais longe. “A maior parte do tempo fico na Zona Oeste, mas às vezes é normal pegar uma corrida um pouco mais distante. Nesse caso, o GPS hoje ajuda muito! Era mais difícil quando esse recurso ainda não era popular”, recorda. O descanso fica para as sextas-feiras, rodízio do seu veículo, e aos sábados, um dia dedicado à família.

Experiência e empatia
Ao longo desses cinco anos e também usufruindo dos cursos de capacitação oferecidos pela 99, Silvana revela que aprendeu algumas estratégias para prosperar. Uma delas é trabalhar nos horários de pico, os mais rentáveis, de acordo com ela. “É preciso saber lidar com o trânsito, ter muita paciência, mas vale a pena.”
Ela cita uma das lições mais importantes aprendidas neste período como empreendedora: é fundamental fazer um planejamento financeiro. “Se um dia não foi como o esperado, é preciso repensar as metas e compensar no próximo, para ter no mínimo o dinheiro para pagar as contas. Fazer esse controle é importantíssimo e permite, ainda, não exagerar nas horas trabalhadas quando não há necessidade”, aconselha.
Silvana compartilha com motoristas parceiros novatos muito do que aprendeu nessa trajetória profissional, por meio de um programa da 99, o Projeto Anjo. “Prestamos uma consultoria, auxiliando os iniciantes durante 30 dias, esclarecendo suas principais dúvidas. É uma troca muito importante, pois cometi alguns erros no começo que outras pessoas não precisam passar por eles ou repeti-los. No início, as dúvidas são comuns e a empresa acertou em cheio quando criou o ‘Projeto Anjo’”, declara.

Aprendizados e vitórias
Carro próprio e independência financeira estão entre as principais conquistas materiais comemoradas por Silvana. No campo dos conhecimentos acumulados, saber atender bem aos mais diversos perfis de usuários é, de acordo com ela, ao mesmo tempo um desafio e o maior aprendizado. “Lidar com as pessoas dentro de um carro é outra história. Elas são muito diferentes, algumas não estão a fim de conversar, outras estão. Então, essa diversidade de público e saber como devo me comportar com cada um foi o que mais me agregou nesse período trabalhando com transporte de aplicativo”, revela.
Para Silvana, ter sensibilidade para perceber como a pessoa está é essencial: só pelo bom dia ou boa noite já dá para ter uma ideia do astral do passageiro. “O local onde embarcam ou o destino da viagem também pode dar algumas pistas, se é para uma reunião ou hospital a pessoa pode estar mais introspectiva”, avalia.
De acordo com ela, as passageiras normalmente se mostram mais à vontade para interagir. “Elas se sentem mais seguras com outra mulher ao volante e a maioria fala bastante. Já ajudei na escolha de piso para a casa e até dei conselhos amorosos”, diverte-se. Mas dá uma recomendação que considera primordial para quem quer ingressar na profissão: só falar com quem der abertura. “Alguns realmente não querem conversar, e é importante respeitar”, reforça.
Pensando no futuro e em sua evolução profissional, Silvana se imagina na profissão daqui a alguns anos, mas está ampliando seus horizontes. “Estou fazendo um curso de inglês, algo muito importante porque às vezes atendemos estrangeiros. No futuro, minha meta é atuar como motorista executiva, como meu marido. É um campo muito promissor que considero, sem dúvida”, conclui.