As indicações desta semana são do coletivo Periferia em Foco e do editor Lucas Veloso
SE EU TIVESSE MEU PRÓPRIO DICIONÁRIO
“INVERNO são os outros – quando distantes. JARDIM: um filhote de floresta, que ficou de castigo no quintal. K: um esconderijo em forma de letra. LOBISOMEM: um bicho de lua, que toda hora muda o status no Facebook e diz: #patiurua! MONTANHA: um buraco que esqueceu de afundar e ficou assim, do avesso; um buraco pra cima”. As definições anteriores estão no livro Se eu tivesse meu próprio dicionário, de Ni Brisant. Na obra, o autor define alguns termos a partir de suas experiências fugindo do lugar comum. Apesar de uma leitura que se faz rapidamente, o conteúdo faz pensar e viajar.
LUZ DE LAMPARINA
Luz de lamparina é um livro de poesias periféricas da autora paraense Liz Silva
Um livro que transpõe a ideia de uma poesia comum. É uma poesia que nasce das ruas, das quebradas, que vem dar voz aos marginalizados e que também encontra nas vivências da autora sua força. O livro também conta com 4 contos que traduzem um pouco da vida da periferia e as narrativas levam o leitor para uma reflexão sobre aqueles que são invisibilizados diariamente.
CONDE SEXTETO FAVELA
Para quem curte música, sobretudo com som instrumental, vale ouvir o disco “Temas para Tempos de Guerra”, do Conde Favela Sexteto. O grupo formado em São Bernardo do Campo, Grande São Paulo, existe há mais de 11 anos e carrega influências de renomados músicos, como James Brown e The JBs. No trabalho, vale ouvir Ogum, faixa dedicada ao orixá cultuado nas religiões de matriz africana.
PARA SEGUIR NAS REDES
Criado na periferia de São Paulo, Jef Delgado é uma pessoa que vale seguir e acompanhar o trabalho. Hoje, ele é um dos principais nomes na fotografia brasileira, sobretudo no que diz respeito a nomes do rap, como o Racionais MC e Emicida, além de outros artistas da cena musical. Nas redes, costuma compartilhar dicas para quem se interessa pela área, além da sua rotina de produções e trabalhos feitos pela produtora Irmãos Delgado.