Ministro da Educação: “Vamos aumentar teto do Fies para cursos de medicina”

O reajuste será para todos que se encaixem no Programa, além de possibilidade de renegociação de dívidas. Foto: Getty Images
Estadão Conteúdo
22/07/2022 - Tempo de leitura: 1 minuto, 24 segundos

O ministro da Educação, Victor Godoy, anunciou na quinta-feira, 21, o aumento do teto de financiamento do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) para cursos de medicina. O valor passará dos atuais R$ 7,1 mil para R$ 8,8 mil mensais — cerca de R$ 53 mil por semestre, um aumento de 22%.

“A gente vai publicar amanhã (sexta, 22) o aumento do teto de medicina. Estamos ampliando o valor da mensalidade para todos que se encaixam”, afirmou Godoy, que participa da live semanal do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais.

A medida é um novo aceno do chefe do Executivo aos jovens, parcela do eleitorado em que possui alta rejeição nas pesquisas de intenção de voto. Em junho, o presidente sancionou a Medida Provisória que prevê desconto de até 99% na renegociação de dívidas do Fies.

Renegociação – Em maio deste ano, a Câmara aprovou uma medida provisória que permite o refinanciamento de dívidas de estudantes com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A proposta abrange contratos firmados até o segundo semestre de 2017 com pagamentos atrasados há mais de 90 dias.

Os descontos chegam a 99% para inscritos no CadÚnico e beneficiários do Auxílio Emergencial em 2021. De acordo com o governo, são 2,4 milhões de contratos do Fies até 2017. A taxa de inadimplência desses contratos com atraso superior a 90 dias gira em torno de 48,8%, o que significa R$ 7,3 bilhões em prestações não pagas.

A renegociação de dívidas do Fies é usada como bandeira de campanha do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), que concorre em outubro à reeleição. Os jovens estão entre os grupos que mais rejeitam o chefe do Executivo.