Mundo se move ‘de forma errada’ no combate à crise climática, diz ONU

A destruição da Amazônia, a maior floresta tropical do planeta, traz consequências terríveis para a humanidade e torna ainda mais complicado e desafiador o enfrentamento da emergência climática. É preciso manter a Amazônia e outras florestas em pé e (tentar) recuperar o que foi destruído, porque tudo que acontece nelas afeta cada um de nós e os que virão depois. Foto: Getty Images

22/12/2022 - Tempo de leitura: 1 minuto, 12 segundos

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou que o mundo ainda está “se movendo de forma errada” para combater a crise climática, considerando o aumento nas emissões de carbono. Ele falou em entrevista coletiva, realizada nesta segunda-feira, 19.

Por Laís Adriana, especial para a Agência Estado

“Tivemos um avanço importante na COP-15, finalmente criando perspectivas focando na natureza”, elogiou Guterres, comprometendo-se a “continuar trabalhando” por um pacto climático comunitário entre diversos países. “Convoco todos os líderes globais a participarem deste movimento. O preço de entrada será comprometimento com a transição verde, e não haverá espaço para greenwashers.” A expressão em inglês se refere a ações cosméticas com pouca ou nenhuma eficácia para ajudar o meio ambiente.

Guterres ainda comentou sobre outros desafios esperados para 2023, mencionando principalmente os altos preços de alimentos e acesso limitado a fertilizantes. Segundo o secretário-geral, se os problemas na cadeia de suprimentos de fertilizantes não forem resolvidos, possivelmente haverá falta de alimentos em 2023.

O secretário-geral também falou sobre a necessidade de atuação contínua sobre as crises humanitárias do Congo e Iêmen, a guerra na Ucrânia e outras questões afetando diversos países — como a situação do Peru, onde considera essencial a realização de eleições antecipadas para estabilização do país.