Desde o ano passado, quando aumentaram os números de agressões a mulheres por conta do isolamento social provocado pela covid-19, a 99, empresa de tecnologia ligada à mobilidade urbana e à conveniência, estimula a denúncia e o combate à violência, seja em casa, no trabalho ou no deslocamento. Desde 2020, o subsídio de viagens (vouchers) para Delegacias de Mulheres é uma das várias ações focadas no público feminino.
Se, por um lado, o serviço vem cumprindo seu papel, por outro — e infelizmente — as denúncias de agressões continuam e expõem uma realidade cruel: em 2021, as corridas para as 180 Delegacias de Mulheres de todo o País aumentaram 42% em relação a 2020, de acordo com o levantamento da empresa.
Entre as capitais, Rio de Janeiro, seguida de São Paulo, Recife, Macapá e Salvador, se destacam como as cinco com maior número de viagens com essa finalidade. Das 78 cidades que registraram pelo menos uma solicitação com destino à delegacia de mulheres, 18 são capitais, seis são da região Nordeste, e quatro são da região Sudeste. Norte e Centro-Oeste registram três capitais cada e o Sul aparece com duas.
“Independentemente de onde tenha ocorrido a violência, seja em casa, no trabalho ou em uma corrida por aplicativo, a mulher pode e deve solicitar apoio usando o aplicativo da 99, e nós entendemos que é nosso papel apoiar ações para acolher as vítimas e dar um basta neste ciclo de dor e agressão”, explica Livia Pozzi, diretora de Operações e Produtos da 99.
Mais mulheres na direção
Em 2019, a plataforma lançou o programa 99 Mais Mulheres, que foca no compromisso da companhia em melhorar a mobilidade urbana e estabelecer um engajamento com a luta feminina. O programa inclui diversas iniciativas e, entre elas, a parceria com o projeto Justiceiras, destinado a acolher e encaminhar vítimas de violência doméstica a equipes especializadas (de forma online e gratuita). Para usuárias ou não da 99, a plataforma disponibiliza um canal direto (botão) assim que o app é iniciado. O recurso estimulou uma média de três mulheres por dia a procurarem as voluntárias do grupo para denunciar abusos e agressões. Até setembro de 2021, foram mil pedidos de apoio via app.
Perfil das vítimas encaminhadas às Justiceiras via 99
• Sete entre dez mulheres são pardas, indígenas ou negras;
• Das que possuem emprego, 90% recebem um salário mínimo; 50% delas sequer possuem trabalho;
• Em 84% dos casos, os agressores são maridos ou ex-maridos;
• 45% moram com o agressor;
• 24% são vigiadas pelo celular;
• Das que procuraram as voluntárias este ano, 48% foi para o primeiro pedido de ajuda.
• Fonte: Projeto Justiceiras
TECNOLOGIAS ALIADAS Para oferecer segurança às usuárias antes, durante e depois das corridas, a 99 investe em inteligências artificiais que: • Identificam passageiras em situações de maior risco e direcionam a chamada para um motorista parceiro mais bem avaliado ou motorista mulher; • Rastreiam comentários e analisam palavras e contextos relacionados a assédio para banir agressores e direcionar as vítimas para acolhimento e suporte; • Dão opção de compartilhar a rota para contatos de confiança; • Monitoram a corrida em tempo real via GPS, além de câmeras de segurança; gravação de áudio; botão de ligação para a polícia e uma Central de Segurança disponível 24 horas, 7 dias por semana, que realiza atendimento humanizado.
Corridas mais femininas
Para as motoristas parceiras, cerca de 5% da base de condutores da plataforma, a empresa lançou o 99Mulher, ferramenta que permite receber chamadas apenas de passageiras, que representam 60% da base de usuários, incentivando a atividade entre as mulheres.
Para criar um círculo virtuoso de gentileza para uma plataforma e sociedade melhores, a empresa também investe em educação e conscientização. Em parceria com o Instituto Ethos, a 99 criou o Guia da Comunidade 99, disponível online em 99app.com/guiadacomunidade. O documento promove respeito e diversidade a mais de 20 milhões de passageiras, passageiros e motoristas parceiros do app e conta com capítulos sobre o combate ao assédio e à discriminação a mulheres.